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Bolívia prende ex-ministro de Evo Morales por corrupção

Bolívia prende ex-ministro de Morales por corrupção - 19.out.2019 - Ueslei Marcelino/Reuters
Bolívia prende ex-ministro de Morales por corrupção Imagem: 19.out.2019 - Ueslei Marcelino/Reuters

Da agência AFP, em La Paz (Bolívia)

14/01/2020 22h12

O ex-ministro de governo (Interior) e poderoso colaborador do ex-presidente da Bolívia Evo Morales, Carlos Romero, foi preso hoje por ordem do Ministério Público do país.

Romero agora deve comparecer perante um juiz que determinará se ele ficará preso, em prisão domiciliar ou em liberdade durante o processo sobre os crimes de corrupção pelos quais é acusado.

O ex-ministro foi previamente escoltado pela polícia do hospital onde estava internado até a promotoria onde ouviu as acusações de "uso indevido de influências e quebra de deveres".

A denúncia está especificamente relacionada à suposta má gestão em uma unidade governamental para combater o tráfico de drogas (Uelicn).

Romero, 53, foi internado no sábado em um centro médico em La Paz, com um quadro de desidratação, hipertensão e depressão. O ex-ministro relatou ter permanecido "sequestrado" em sua casa por civis contrários a Morales, que impediram a entrada de alimentos.

De seu refúgio na Argentina, o ex-presidente Morales defendeu seu ex-colaborador.

"Sob Carlos Romero, denunciamos em nossos atos governamentais a corrupção da Unidade Executora de Luta Integral contra o Tráfico de Drogas (UELICN), e agora descobrimos que somos os acusados", escreveu Morales no Twitter. "O que o regime de fato da (presidente interina Jeanine) Áñez quer não é justiça, é vingança e impunidade", acrescentou.

Romero se junta à lista de ex-funcionários denunciados pelo atual governo de direita de Jeanine Áñez e investigados pela promotoria.

Os ex-ministros Juan Ramón Quintana (Presidência), Vilma Alanoca (Cultura) e Javier Zabaleta (Defesa) estão isolados na residência do México e são acusados de sedição e terrorismo.

Ex-autoridades do governo anterior pediram asilo e outros deixaram o país, após a renúncia de Morales em 10 de novembro passado, após uma forte crise social.