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Com falta de sangue, EUA reduzem restrições a doadores gays em crise da covid-19

Punho erguido com as cores da bandeira LGBT e o desenho de um coração - David McNew/Getty Images
Punho erguido com as cores da bandeira LGBT e o desenho de um coração Imagem: David McNew/Getty Images

em Washington (EUA)

02/04/2020 19h09

Os Estados Unidos relaxaram hoje as regras que impedem muitos gays de doar sangue. Trata-se de um esforço para combater a grave escassez de doações devido ao surto da covid-19.

Desde 2015, homens que fizeram sexo com outros homens nos últimos 12 meses não eram autorizados a doar sangue. Anteriormente, esta proibição era vitalícia.

Agora, o período foi reduzido para três meses, conforme anunciou a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês).

"A pandemia da covid-19 causou desafios sem precedentes ao suprimento de sangue dos Estados Unidos", indica o comunicado.

"Os centros de doação sofreram uma redução drástica nas doações devido à implementação do distanciamento social e ao cancelamento das transfusões de sangue".

O FDA disse que pesquisas recentes provam que as regras "podem ser modificadas sem comprometer a segurança do suprimento de sangue".

A regra de três meses também se aplica a mulheres que fizeram sexo com homens gays ou bissexuais, bem como a pessoas que fizeram uma tatuagem ou piercing, e a quem viajou para um país onde o risco de malária é alto.

Quase 2.700 unidades de sangue da Cruz Vermelha foram fechadas nos Estados Unidos devido às preocupações com a aglomeração de pessoas em locais de trabalho, campus universitários e escolas durante o surto de coronavírus.