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Zindzi Mandela, filha de Nelson Mandela, morre aos 59 anos

Zindzi Mandela em discurso no "Global Cotizem Festival: Mandela 100", na África do Sul, em 2018 - Jemal Countess/Getty Images
Zindzi Mandela em discurso no 'Global Cotizem Festival: Mandela 100', na África do Sul, em 2018 Imagem: Jemal Countess/Getty Images

Em Joanesburgo (África do Sul)

13/07/2020 08h03

Zindzi Mandela, filha mais nova de Winnie Madikizela-Mandela e Nelson Mandela, o primeiro presidente negro da história da África do Sul, morreu hoje aos 59 anos.

"A filha de 59 anos do ex-presidente Nelson Mandela e lutadora incondicional Winnie Madikizela-Mandela faleceu em um hospital de Johanesburgo nas primeiras horas da manhã", informou o canal público SABC.

Atualmente, ela era embaixadora na Dinamarca. A causa da morte não foi revelada.

A Fundação Desmond e Leah Tutu, que visa preservar o legado do casal que, aliado à Nelson Mandela, lutou contra o Apartheid, disse que a morte de Zindzi é "a perda de um elo importante entre o passado e o futuro da África do Sul".

"Sua perda será sentida por todos os sul-africanos. Nossos pensamentos e orações estão com a família dela. Que Zindzi descanse em paz e se levante em glória", afirmou em comunicado.

O CNA (Congresso Nacional Africano), ex-partido de Madiba, disse em comunicado que Zindzi "foi engajada na linha de frente da luta contra o Apartheid desde pequena" e que "ela se tornou o rosto da família Mandela quando seus pais foram presos".

Já Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, afirmou por meio de suas redes sociais que Zindzi "era um nome que durante nossos anos de luta trouxe à tona a desumanidade do sistema do Apartheid e a determinação inabalável de nossa luta pela liberdade".

Enquanto seus pais estiveram presos, Zindzi ficou aos cuidados de sua irmã mais velha, Zenani.

Em 1985, quando o então presidente da África do Sul, PW Botha, concedeu liberdade condicional para Mandela, então preso em Pollsmor, na Cidade do Cabo, Zindzi leu uma carta de seu pai rejeitando o indulto.