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Deposta por golpe em Mianmar diz que partido 'existirá enquanto o povo existir'

Aung San Suu Kyi, conselheira de estado de Mianmar, foi deposta em razão de um golpe de Estado, em fevereiro de 2021 - Ore Huiying / Getty Images
Aung San Suu Kyi, conselheira de estado de Mianmar, foi deposta em razão de um golpe de Estado, em fevereiro de 2021 Imagem: Ore Huiying / Getty Images

Da AFP, em Yangon

24/05/2021 06h08Atualizada em 24/05/2021 07h15

A líder birmanesa Aung San Suu Kyi afirmou que seu partido "existirá enquanto o povo existir", em sua primeira audiência presencial em um tribunal desde o golpe de Estado de fevereiro, afirmou uma de suas advogadas à AFP.

"Deseja que seu povo continue em boa saúde e afirmou que a LND (Liga Nacional para a Democracia) existirá enquanto o povo existir, porque foi fundada para o povo", declarou à AFP a advogada Min Min Soe.

Desde o golpe de Estado de 1º de fevereiro, Mianmar vive um cenário de caos, que inclui protestos quase diários e um movimento de desobediência civil em todo o país, com mais de 800 pessoas mortas em operações militares, segundo uma ONG local.

"Nos reunimos durante 30 minutos", disse a advogada. "Não tivemos muito tempo para conversar em 30 minutos, mas parecia em boa saúde e com plena confiança", completou.

Suu Kyi, vencedora do prêmio Nobel da Paz, foi indiciada diversas vezes desde sua detenção, com acusações que incluem a violação das restrições na pandemia e importação ilegal de walkie-talkies, entre outras.

A junta militar de Mianmar também ameaçou dissolver seu partido, a Liga Nacional para a Democracia, que venceu as eleições de 2020, por uma uma suposta fraude no pleito.