Blinken manifesta 'preocupação' com mortes em protestos na Colômbia
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, manifestou nesta sexta-feira (28) sua "preocupação" com as mortes nos protestos na Colômbia, informou a chancelaria americana após uma reunião do secretário de Estado com a vice-presidente e chanceler colombiana, Marta Lucía Ramírez.
Blinken "expressou sua preocupação e condolências com a perda de vidas durante os protestos recentes na Colômbia e reiterou o direito inquestionável dos cidadãos de protestar pacificamente", destacou o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em um comunicado.
Blinken também saudou a disposição do governo do presidente Iván Duque de dialogar com os manifestantes.
O secretário de Estado celebrou "o diálogo nacional convocado pelo presidente Duque como uma oportunidade para o povo colombiano trabalhar em conjunto para construir um futuro de paz e prosperidade", disse Price.
Os protestos que eclodiram na Colômbia em 28 de abril deixaram pelo menos 49 mortos, cerca de 2 mil feridos e 123 desaparecidos, segundo fontes oficiais. No entanto, ONGs como a Human Rights Watch indicam 63 mortes.
As manifestações, inicialmente contra um projeto de reforma tributária já retirado, se transformaram em um protesto mais amplo contra o governo.
O governo Duque conversou com algumas lideranças das manifestações, mas sem chegar a um acordo. Dirigentes sindicais e estudantis exigem garantias para os protestos, diante dos repetidos excessos das forças de segurança.
Por sua vez, as autoridades pedem o fim dos bloqueios de estradas que causam desabastecimento e perdas econômicas milionárias em locais como Buenaventura, o principal porto colombiano no Pacífico.
A Casa Branca pediu à Colômbia na segunda-feira que localizasse as pessoas desaparecidas no âmbito dos protestos, saudando o compromisso de Bogotá de investigar as denúncias de abuso contra os manifestantes.
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