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Teste rápido de covid é menos preciso com ômicron, diz agência dos EUA

14.dez.21 - Posto de teste de covid em Nova York (EUA) - Brendan McDermid/Reuters
14.dez.21 - Posto de teste de covid em Nova York (EUA) Imagem: Brendan McDermid/Reuters

28/12/2021 21h31Atualizada em 28/12/2021 22h47

Os testes caseiros rápidos de covid-19 são mais propensos a dar falso negativo com a variante ômicron, apontou nesta terça-feira a agência reguladora FDA (US Food and Drug Administration).

A notícia chega no momento em que os Estados Unidos enfrentam um grande aumento do número de casos, que, segundo especialistas, são subdiagnosticados devido à crise de acesso aos testes, com longos períodos de espera para os mais precisos, como o PCR, e kits caseiros escassos.

A FDA informou que colabora com o Instituto Nacional de Saúde (NIH) para estudar o desempenho dos testes caseiros, também conhecidos como "de antígenos", em relação a amostras de pacientes com versões ativas da variante.

"Os primeiros dados sugerem que os testes de antígenos detectam a variante, mas podem ter uma sensibilidade reduzida", explicou a agência. A sensibilidade é uma medida que estima a probabilidade de um teste detectar um resultado positivo.

A FDA assinalou que manterá a autorização para o uso de testes de antígenos, e que a população deve continuar recorrendo aos mesmos, seguindo suas instruções.

Recorde de 1 milhão de casos em 24 horas no mundo

O número de novos casos de covid-19 em todo mundo bateu recorde ontem (27), chegando a 1,45 milhão. É a primeira vez desde o início da pandemia que são registrados mais de 1 milhão de novos casos no mundo em um único dia, segundo a plataforma de dados Our World in Data, que reúne dados globais da covid-19.

O recorde anterior havia sido registrado em 23 de abril deste ano, chegando a 904 mil casos. Naquela altura, o mundo vivia a expansão da variante delta do coronavírus e ainda havia avançado pouco na vacinação contra a covid-19. Já o novo recorde, 60% maior que o anterior, ocorre no cenário de crescimento da variante ômicron, em um contexto de vacinação muito mais favorável.

O número extremamente alto pode ser decorrente de resultados de exames represados no período do Natal. Em 23 de dezembro, por exemplo, a quantidade de novos casos já estava se aproximando de 1 milhão (983 mil). Já no dia seguinte, véspera de Natal, começou a cair, atingindo o ponto mais baixo no domingo, 26 de dezembro (472 mil). Então, no primeiro dia útil após as festas, atingiu o recorde de 1,45 milhão.

Para corrigir essa queda artificial aos fins de semana é que se calcula a média de casos dos últimos 7 dias. Mas, levando-se em conta a média, o mundo também teve um recorde de novos casos ontem: 847 mil.

Já o número de novas mortes por covid-19 não está em alta. Também ontem, a plataforma Our World in Data registrou 6.433 mortes — 22% delas nos Estados Unidos.