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Rússia não vai invadir Ucrânia 'a menos que nos provoquem', diz embaixador russo na UE

12.fev.2022 - Pessoas participam de marcha em Kiev, na Ucrânia, falando em resistência em meio à tensão com a Rússia - Valentyn Ogirenko/Reuters
12.fev.2022 - Pessoas participam de marcha em Kiev, na Ucrânia, falando em resistência em meio à tensão com a Rússia Imagem: Valentyn Ogirenko/Reuters

14/02/2022 16h30

A Rússia "não vai invadir a Ucrânia a menos que nos provoquem a fazê-lo", declarou nesta segunda-feira (14) o embaixador russo na União Europeia (UE), Vladimir Chizhov, ao jornal britânico The Guardian.

"Não vamos invadir a Ucrânia a menos que nos provoquem a fazê-lo", disse Chizhov, que representa a Rússia em Bruxelas desde 2005.

"Se os ucranianos lançarem um ataque contra a Rússia, não deveria surpreender se contra-atacarmos. Ou se começarem a matar descaradamente cidadãos russos de qualquer lugar, em Donbass ou em qualquer outro local", acrescentou, em alusão à região do leste da Ucrânia onde separatistas pró-russos lutam há oito anos contra as forças ucranianas.

Chizhov advertiu que uma "provocação" ucraniana poderia levar o Kremlin a agir.

"O que quero dizer com provocação é que podem organizar um incidente contra as autoproclamadas repúblicas de Donbass, provocá-las e depois atingi-las com todas as suas forças, provocando, assim, uma reação da Rússia para evitar um desastre humanitário em suas fronteiras", acrescentou.

A presença de mais de 100.000 soldados russos concentrados na fronteira ucraniana faz crescer o temor do início de um conflito de grandes proporções na Europa.