Israel diz que acordo sobre o programa nuclear iraniano é 'iminente'
O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, declarou neste domingo (20) que um acordo sobre a questão nuclear iraniana é "iminente" e alertou para sua "fragilidade" em comparação com o precedente alcançado em 2015.
"Um novo acordo é iminente (...) Ele seria mais frágil que o anterior", disse Bennett antes da reunião semanal do governo em Jerusalém.
Israel está se preparando "para o dia seguinte (ao acordo) em todos os níveis", acrescentou.
Israel, considerado por especialistas como a única potência nuclear do Oriente Médio, acusa o Irã de buscar adquirir armas nucleares, o que a República Islâmica nega.
Na quinta-feira, os Estados Unidos informaram "progressos substanciais" nas negociações em andamento em Viena destinadas a salvar o acordo nuclear iraniano de 2015, considerando um acordo possível "nos próximos dias".
O acordo de 2015 concluído entre o Irã e as potências ocidentais, bem como a Rússia e a China, permitiu o levantamento de sanções econômicas internacionais contra o Irã em troca de limitações estritas de seu programa nuclear, supostamente para impedi-lo de adquirir a bomba atômica.
Os Estados Unidos o deixaram em 2018 sob a presidência de Donald Trump, que o considerava insuficiente, e restabeleceram suas sanções.
Em resposta, Teerã se liberou em grande parte das restrições às suas atividades nucleares previstas no acordo.
"O terrorismo iraniano põe em perigo nós e outros países da região (...) O Estado de Israel está se preparando para o dia seguinte (à conclusão do acordo) para garantir a segurança de seus cidadãos", acrescentou Bennett.
Por sua vez, o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, declarou neste domingo em uma conferência de segurança em Munique que "todas as medidas devem ser tomadas para garantir que o Irã nunca possa se tornar um Estado nuclear".
"O mundo nunca deve permitir isso e Israel nunca permitirá", acrescentou Gantz.
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, deve chegar ao Catar na segunda-feira para discutir o acordo nuclear, disseram fontes do Catar.
O emir do Catar, o xeque Tamim bin Hamad al-Thani e o presidente do Irã devem discutir os esforços crescentes para trazer o Irã de volta ao acordo nuclear.
O Catar frequentemente desempenha um papel de mediador em todo o mundo e o xeque Tamim se reuniu com o presidente Joe Biden em Washington em 1º de fevereiro.
"O Catar tem atuado para preencher a lacuna entre os Estados Unidos e o Irã, que chegou a um impasse durante as negociações em Viena. Mas eles fizeram progressos e começaram a considerar conversas diretas", disse um diplomata, sob condição de anonimato.
O presidente francês Emmanuel Macron disse a seu colega iraniano no sábado que o Irã deve "aproveitar" a oportunidade de preservar o acordo de Viena sobre a energia nuclear iraniana.
Durante uma conversa telefônica de 90 minutos, "o presidente da República salientou a necessidade imperiosa de concluir um acordo enquanto ainda há tempo", informou o Eliseu em comunicado de imprensa.
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