Países aplicam novas sanções contra Rússia pela invasão da Ucrânia
A invasão da Ucrânia iniciada na quinta-feira (24) pelo presidente russo Vladimir Putin, que já resultou na morte de pelo menos 137 pessoas, provocou uma onda de sanções internacionais contra Moscou, especialmente por parte dos países ocidentais.
Após a reunião de cúpula de seus líderes, a União Europeia (UE) anunciou um endurecimento das sanções contra a Rússia nos setores de energia, finanças e transportes, mas sem incluir até o momento a rede bancária Swift, que permite receber ou emitir pagamentos em todo o mundo.
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Trata-se de limitar "drasticamente" o acesso da Rússia aos mercados de capitais europeus. A UE também busca reduzir o acesso do país a "tecnologias cruciais" como componentes eletrônicos e de informática.
De acordo com o rascunho do projeto obtido pela AFP, as medidas incluem o veto à exportação de tecnologia, peças e serviços de aeronáutica e aeroespaciais, assim como de equipamentos para reforma de refinarias de petróleo.
Além disso, as sanções afetam indivíduos nos círculos de poder, com o congelamento de ativos ou proibição de entrada no território da UE, que são adicionadas às aplicadas na quarta-feira contra personalidades próximas a Putin.
Belarus, acusada de envolvimento na invasão, será objeto de medidas adicionais.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou uma série de novas sanções contra bancos, representantes da elite e estabelecimentos comerciais russos.
Quatro bancos adicionais, incluindo os dois maiores do país (Sberbank e VTB Bank), serão sancionados e mais da metade das importações de tecnologia da Rússia serão proibidas.
O grupo de energia Gazprom e outras grandes empresas do país não poderão obter financiamento nos mercados de crédito do Ocidente, uma medida que já era aplicada contra o governo russo.
Washington também ampliou a lista de oligarcas russos punidos e limitou as exportações para a Rússia de produtos tecnologia destinados aos setores de defesa e aeronáutica.
Além disso, o Departamento do Tesouro anunciou sanções contra 24 pessoas e organizações bielorrussas.
O Reino Unido impôs uma série de sanções contra o setor bancário, as importações de tecnologias e cinco empresários da Rússia. O país também fechou seu espaço aéreo à companhia aérea Aeroflot.
Além dos cinco bancos já afetados por sanções anunciadas na terça-feira, o gigante VTB entrou na mira e teve os ativos congelados em território britânico. As novas medidas "permitirão excluir por completo os bancos russos do setor financeiro britânico", disse o primeiro-ministro Boris Johnson.
As medidas também impedirão que empresas públicas e privadas obtenham fundos no Reino Unido e limitarão a quantidade de dinheiro que os russos podem ter em suas contas bancárias britânicas.
No total, 100 novas entidades estão no alvo das autoridades do Reino Unido.
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou nesta sexta-feira sanções contra a Rússia que incluem o "congelamento de ativos e a suspensão de vistos para pessoas e organizações russas".
Ele também anunciou medidas "sobre as exportações para organizações russas vinculadas ao exército" e sobre "bens de uso geral como os semicondutores".
O Canadá vai adotar sanções contra "58 pessoas e entidades russas", anunciou o primeiro-ministro Justin Trudeau.
Entre os afetados estão os ministros da Defesa, Finanças e Justiça, assim como o grupo de mercenários russos Wagner, considerado próximo a Putin.
O Canadá também cancelou permissões de exportação para a Rússia no valor de 700 milhões de dólares canadenses (US$ 550 milhões), principalmente de produtos dos setores aeroespacial, tecnologia da informação e mineração.
O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, anunciou uma "segunda série" de sanções contra quatro instituições financeiras e 25 pessoas vinculadas a quatro entidades responsáveis pelo desenvolvimento e venda de equipamento militar.
Também indicou que estão previstas outras sanções, especialmente contra mais de 300 parlamentares russos que votaram a favor da "invasão ilegal da Ucrânia".
A Suíça decidiu não se alinhar com as sanções ocidentais à Rússia, mas atuará para evitar que o país seja usado por Moscou para 'driblar' as medidas punitivas que afetam o governo russo, declarou seu presidente Ignazio Cassis.
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