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Homem é preso no Paquistão após matar filha porque preferia um menino

Ativistas seguram cartazes durante uma manifestação para marcar o Dia Internacional da Mulher no Paquistão; no país, ter um menino é muitas vezes visto como um bom presságio  - Arif ALI / AFP
Ativistas seguram cartazes durante uma manifestação para marcar o Dia Internacional da Mulher no Paquistão; no país, ter um menino é muitas vezes visto como um bom presságio Imagem: Arif ALI / AFP

Lahore, no Paquistão

10/03/2022 12h17

A polícia paquistanesa informou nesta quinta-feira (10) que prendeu um homem acusado de matar sua filha de uma semana de vida, alegando que preferia um menino.

O bebê morreu após ser baleado cinco vezes na cidade de Mianwali, na província central de Punjab, no domingo.

O pai "reclamava há três ou quatro dias que queria ter um filho e estava muito irritado", disse à AFP Zarrar Khan, porta-voz da polícia de Mianwali.

O homem, que havia fugido, foi preso na manhã desta quinta-feira após uma intensa busca, segundo a polícia de Punjab.

O drama se passa um mês depois que uma mulher grávida apareceu em um hospital com um prego inserido na cabeça por um curandeiro que havia garantido que desse modo ela daria à luz um menino.

A mulher especificou que era mãe de três filhas e esperava outra menina.

No Paquistão, um país profundamente conservador e patriarcal onde meninas e mulheres enfrentam violência generalizada, ter um menino é muitas vezes visto como um bom presságio, pois se acredita que garante melhor o futuro financeiro de seus pais do que uma menina.