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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Ucrânia usa reconhecimento facial para informar russos sobre perdas militares

O vice-primeiro-ministro e ministro da transformação digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, posa para uma fotografia na Ucrânia  - Ministério da Transformação Digital da Ucrânia/via Reuters
O vice-primeiro-ministro e ministro da transformação digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, posa para uma fotografia na Ucrânia Imagem: Ministério da Transformação Digital da Ucrânia/via Reuters

23/03/2022 21h57Atualizada em 23/03/2022 22h00

A Ucrânia está utilizando técnicas de reconhecimento facial para informar a população russa, mediante um "sistema de chamadas automáticas", de suas perdas militares, indicou nesta quarta-feira (23) o vice-primeiro-ministro ucraniano, Mykhailo Fedorov.

"Hoje, usamos a inteligência artificial para buscar perfis de soldados russos nas redes sociais, com base em [imagens de] seus corpos, para informar sobre sua morte a amigos e familiares", explicou Fedorov no Facebook.

"Implementamos um sistema de chamadas automáticas à Rússia para dizer a verdade sobre os assassinos russos", acrescentou. "Começamos a fazer coisas impossíveis de se imaginar um mês atrás", continuou.

O objetivo, segundo o vice-primeiro-ministro, é "dissipar o mito de uma 'operação especial' na qual 'não há participação de nenhum recruta' e na qual 'ninguém morre'".

A Rússia classifica como "operação militar especial" a invasão iniciada em 24 de fevereiro na Ucrânia. Além disso, o uso da palavra "guerra" para descrever a intervenção pode resultar em processos na Justiça.

No dia 9 de março, Moscou reconheceu pela primeira vez a presença de recrutas na Ucrânia e admitiu que muitos deles foram capturados pelas forças ucranianas.

Anteriormente, o presidente russo, Vladimir Putin, tinha garantido que não enviaria recrutas ou reservistas à Ucrânia, e que apenas seriam convocados "profissionais" para cumprir os "objetivos estabelecidos".