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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Guerra na Ucrânia pode 'durar meses, até anos', diz chefe da Otan

Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, avaliou que Putin ainda não desistiu de controlar toda a Ucrânia - François Walschaerts/AFP
Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, avaliou que Putin ainda não desistiu de controlar toda a Ucrânia Imagem: François Walschaerts/AFP

Em Bruxelas (Bélgica)

06/04/2022 12h17Atualizada em 06/04/2022 12h24

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não desistiu de tomar toda Ucrânia, e a guerra pode durar "meses, até anos", alertou o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, hoje.

"Temos que ser realistas. A guerra pode durar muito tempo, vários meses, até anos. É a razão pela qual também temos que estar preparados para um longo percurso, tanto no que diz respeito ao apoio à Ucrânia, como na manutenção das sanções e no fortalecimento das nossas defesas", declarou Stoltenberg, antes do início de uma reunião de ministros das Relações Exteriores da Aliança Atlântica.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

"Não vemos nenhum indício de que Putin tenha mudado seu objetivo de controlar toda Ucrânia", destacou.

Uma reunião do G7 está prevista para acontecer na sede da Otan, à margem de um encontro da Aliança Transatlântica que contará com a presença do chanceler japonês, Yoshimasa Hayashi. O fortalecimento das sanções impostas à Rússia é o principal tema da pauta.

"A Ucrânia precisa urgentemente de apoio militar, e é por isso que é tão importante que os aliados da Otan concordem em continuar apoiando a Ucrânia com vários tipos de equipamentos militares, tanto equipamentos mais pesados como sistemas de armas leves", defendeu Stoltenberg, acreditando que a ajuda prestada até agora teve "um efeito real".

"Independentemente de quando a guerra acabar, (o conflito) terá implicações de longo prazo para nossa segurança. Porque vimos a brutalidade, vimos a disposição do presidente Putin de usar a força militar para atingir seus objetivos. E isso mudou a realidade da segurança na Europa por muitos, muitos anos", acrescentou.

"Pedimos aos comandantes militares que forneçam opções aos líderes políticos para que possam tomar decisões para restabelecer a capacidade de defesa e de dissuasão da Aliança", convocou.

Essas opções serão discutidas na cúpula da Otan nos dias 29 e 30 de junho, em Madri, na Espanha.