Candidata da extrema direita francesa defende aproximação Otan-Rússia
A ultradireitista francesa Marine Le Pen defendeu, nesta quarta-feira (13), uma "aproximação estratégica entre Otan e Rússia (...) quando a guerra entre Rússia e Ucrânia terminar e se chegar a um acordo de paz".
"É pelo bem da França e da Europa, mas também acredito que os Estados Unidos não tenham qualquer interesse em ver surgir um tratado sino-russo", disse a candidata à Presidência da França, que apresentou hoje sua visão da política externa do país.
Le Pen ressaltou que não deseja uma "submissão nem a Moscou, nem aos Estados Unidos".
Na campanha de 2017, a líder do Reagrupamento Nacional (RN) foi recebida pelo presidente russo, Vladimir Putin, e é frequentemente acusada por seus adversários de uma certa proximidade com o governo russo. Sua entrevista coletiva desta quarta foi, inclusive, interrompida por um coletivo de esquerda, que a condenou por sua "complacência" em relação a Putin.
A candidata alega que estas acusações contra ela "são particularmente injustas".
"Sou totalmente independente de qualquer relação, de qualquer potência, de qualquer governo de qualquer nacionalidade", declarou.
Marine Le Pen condenou a invasão russa e foi a favor da acolhida, por parte da França, de refugiados procedentes da Ucrânia. Rejeita, no entanto, a adoção de sanções econômicas contra Moscou para "não prejudicar" o poder aquisitivo dos franceses.
E, também hoje, rebateu a acusação feita pelo presidente Emmanuel, segundo a qual ela quer tirar a França da União Europeia (UE).
"Somos claramente europeus", garantiu, ressaltando que um "Brexit francês" não está em em sua agenda.
A candidata disse ser, no entanto, a favor da transformação da UE em uma "aliança das nações europeias (...) respeitosa com as nações livres e soberanas", e não uma "Europa que ameaça e faz chantagem".
Em 24 de abril, ela enfrenta Macron, no segundo turno da eleição presidencial francesa. Conforme três pesquisas divulgadas nesta quarta-feira, Macron está ampliando sua vantagem sobre Le Pen e, por enquanto, aparece com entre 53% e 55% das intenções de voto, contra entre 45% e 47% da oponente de extrema direita.
Os dois candidatos intensificaram as atividades de campanha desde segunda-feira (11) e, no próximo dia 20, estarão cara a cara em um debate a ser transmitido pela televisão.
Ambos tentam conquistar, sobretudo, o eleitorado do líder da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon, que obteve 22% dos votos no primeiro turno, realizado no último domingo (10).
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