Topo

Esse conteúdo é antigo

Em encontro, Xi pede ordem internacional 'racional', e Putin celebra 'novos centros de poder'

Vladimir Putin, presidente da Rússia, conversa com Xi Jinping, presidente da China, durante encontro da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) no Uzbequistão - SERGEI BOBYLYOV/AFP
Vladimir Putin, presidente da Rússia, conversa com Xi Jinping, presidente da China, durante encontro da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) no Uzbequistão Imagem: SERGEI BOBYLYOV/AFP

16/09/2022 05h29

O presidente da China, Xi Jinping, pediu nesta sexta-feira (16) uma mudança da ordem internacional para uma direção "mais justa e racional", enquanto o presidente da Rússia, Vladimir Putin, celebrou a influência crescente dos "novos centros de poder", durante a reunião de cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) no Uzbequistão.

Os governantes devem "trabalhar juntos para promover o desenvolvimento da ordem internacional em uma direção mais justa e racional, afirmou Xi na reunião da OCX em Samarkand.

A OCX reúne China, Rússia, Índia, Paquistão e quatro repúblicas da Ásia Central (Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão e Tadjiquistão).

O fórum foi criado em 2001 como uma ferramenta de cooperação política, econômica e de segurança, além de contrapeso às organizações ocidentais.

Xi disse ainda na reunião que os países integrantes devem abandonar "a política de blocos" e apoiar o sistema internacional "com a ONU no centro".

Ao mesmo tempo, Putin destacou que "papel crescente dos novos centros de poder está se tornando cada vez mais evidente". Ele destacou que a cooperação entre os países da OCX, ao contrário do que acontece com os ocidentais, é baseada na generosidade.

"Estamos abertos à cooperação com o mundo inteiro", disse o presidente russo.

"Nossa política não é egoísta. Esperamos que os outros falam política de acordo com os mesmos princípios e parem de recorrer aos instrumentos do protecionismo, às sanções ilegais e ao egoísmo econômico", acrescentou em uma referência clara aos países ocidentais.

Moscou tenta reforçar os vínculos com a Ásia para contra-atacar as sanções ocidentais impostas em represália à invasão russa da Ucrânia.