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'Pinguço', 'genocida': Lula e Bolsonaro acumulam ofensas durante campanha

Os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) - Ricardo Stuckert Clauber e Cleber Caetano/PR
Os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) Imagem: Ricardo Stuckert Clauber e Cleber Caetano/PR

11/10/2022 09h14

"Pinguço, ladrão", dispara Jair Bolsonaro (PL). "Genocida, capiau", retruca Lula (PT): as ofensas e os comentários difamatórios viraram chumbo cruzado entre os dois adversários em uma campanha agressiva para o pleito presidencial.

O que Bolsonaro diz sobre Lula

  • "Eu falo palavrão, mas não sou ladrão". (Em 7 de setembro, diante de apoiadores na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no bicentenário da Independência)
  • "Do lado de cá, uma pessoa que defende a família. Do lado de lá, um ladrão que diz que os valores da família é (sic) uma coisa de retrocesso. Se precisar lutar contra essa quadrilha do Lula, nós lutaremos. Povo armado jamais será escravizado". (Em 24 de setembro, durante comício em Campinas, interior de São Paulo)
  • "Mentiroso, ex-presidiário, traidor da pátria!" (Em 28 de setembro, durante o último debate televisivo antes do primeiro turno, na TV Globo)
  • "Se vocês botarem um pinguço para dirigir o Brasil, um cara sem qualquer responsabilidade, que tem um rastro de corrupção, de deboche para com a família brasileira, de ataques a padres e pastores, às forças armadas, aos policiais, vocês acham que vai dar certo?" (Em 7 de outubro, durante coletiva de imprensa no Palácio da Alvorada, residência presidencial em Brasília)
  • "O que um chefe de Estado não pode fazer é roubar, seu vagabundo!" (Em 7 de outubro, em um tuíte respondendo a outro do Lula, que dizia: "Vi que o Bolsonaro anda nervoso, anda me xingando. Mas ele precisa saber: quem quer ser um chefe de Estado não pode ficar nervoso.")
  • "Lula deixou o Al Capone para trás. Fico com pena de Al Capone, batedor de carteira". (Em 9 de outubro, em entrevista ao canal do YouTube Pilhado, no qual também se referiu ao adversário como "grande mentiroso, estelionatário, corrupto, bandido e sem caráter")

O que Lula diz sobre Bolsonaro

  • "Esse genocida que governa esse país não é recebido por ninguém [no exterior] e ninguém quer visitar esse país. Ele é um negacionista". (Em 2 de agosto, durante comício em Campina Grande, Paraíba).
  • "Bolsonaro é refém do Congresso Nacional (...) O Bolsonaro parece o bobo da corte, ele não coordena o orçamento". (Em 25 de agosto, durante entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo)
  • "O ato do Bolsonaro parecia uma reunião da Ku Klux Klan, só faltou o capuz. Porque não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, não tinha trabalhador". (Em 8 de setembro, durante comício em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, em alusão às manifestações bolsonaristas na véspera na praia de Copacabana)
  • "Não estamos diante de um adversário qualquer, não estamos lutando contra um politico normal (...) Nós estamos diante de um homem sem alma, sem coração, de um homem que não teve a sensibilidade de derramar uma única lágrima, por nenhuma das mais de 680.000 vítimas do covid" no Brasil (Em 7 de outubro, em São Paulo, durante um discurso ao lado da senadora Simone Tebet, do MDB, que declarou apoio ao petista após ficar em terceiro lugar no primeiro turno)
  • "Ele zombava da pandemia, ele brincava. É uma estupidez de alguém que é um pouco ignorante. É o que ele é mesmo, um pouco ignorante. Aquele jeitão bruto dele, aquele jeitão de capiau lá do interior de São Paulo, sabe?". (Em 22 de setembro, durante entrevista ao programa do Ratinho, no SBT).
  • "Ele disse numa entrevista para o New York Times que teria coragem de comer carne de índio. Se ele pensar em dar uma mordida num pernambucano, ele vai morrer envenenado" (Em 9 de outubro, durante uma caminhada com apoiadores em Belo Horizonte, em alusão a uma entrevista de 2016 reproduzida durante a campanha, na qual Bolsonaro, então deputado federal, disse que seria capaz de comer carne humana). Na véspera, em Campinas, Lula disse que "ninguém quer vir aqui com medo de o canibal comê-lo", em alusão a um suposto receio dos investidores internacionais virem ao Brasil.