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Atentado reivindicado pelo Estado Islâmico deixa 15 mortos no Irã

26.out.2022 - Forças de segurança iranianas são mobilizadas após um ataque armado no mausoléu de Shah Cheragh, na cidade de Shiraz - ISNA NEWS AGENCY/AFP
26.out.2022 - Forças de segurança iranianas são mobilizadas após um ataque armado no mausoléu de Shah Cheragh, na cidade de Shiraz Imagem: ISNA NEWS AGENCY/AFP

26/10/2022 19h31Atualizada em 26/10/2022 20h34

Quinze pessoas morreram e dezenas ficaram feridas hoje em um atentado contra o principal santuário xiita do sul do Irã, cuja autoria foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico (EI).

O ataque foi realizado por um indivíduo durante a oração vespertina no mausoléu de Shah Cheragh, na cidade de Shiraz, informou o governador da região, Mohammad-Hadi Imanieh, à TV local. O agressor "abriu fogo às cegas contra os fiéis" no mausoléu, onde se encontra o túmulo de Ahmad, irmão do imã Reza, uma das figuras mais veneradas do xiismo.

"Um único terrorista está envolvido nesse ataque", afirmou o chefe do Judiciário local, Kazem Mousavi, relatando um balanço de "pelo menos 15 mortos e 19 feridos". O autor do ataque, "filiado aos grupos takfiri, foi preso", acrescentou. O termo "takfiri" designa os integrantes de grupos radicais sunitas, outro ramo do islã.

A TV divulgou que "as forças de segurança feriram o agressor", que estava sendo submetido a uma cirurgia. O EI reivindicou a autoria do atentado e divulgou um número de vítimas maior do que o oficial.

Um miliciano do EI abriu fogo contra os fiéis do mausoléu Shah Cheragh, "matando pelo menos 20 pessoas e ferindo dezenas", indicou a organização radical sunita em comunicado publicado no aplicativo Telegram.

Uma testemunha declarou à agência oficial Irna que ouviu "gritos de mulher" e que "o agressor entrou e atirou dentro do santuário". Imagens divulgadas pela imprensa oficial mostram um banho de sangue, com corpos cobertos por lençóis.

O atentado de hoje foi o segundo deste ano contra um local de culto xiita no Irã, país de 83 milhões de habitantes onde esse ramo do islã é religião de Estado.