Chefe do Pentágono sugere que Rússia é responsável final por explosão na Polônia
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, sugeriu nesta quarta-feira (16) que a Rússia é responsável, em última análise, por uma explosão mortal ocorrida na Polônia, que aconteceu, segundo ele, quando as forças de Moscou atacaram civis e infraestrutura na Ucrânia.
Informes iniciais culparam mísseis russos pela explosão que matou duas pessoas e gerou temores de uma grande escalada do conflito da Ucrânia. Mais tarde, porém, a Polônia afirmou que a deflagração foi causada, provavelmente, por um míssil terra-ar perdido disparado pelas forças de Kiev.
"Continuaremos trabalhando em estreita colaboração com nossa aliada Polônia e com outros para coletar mais informações, e continuaremos fazendo consultas, de perto, com nossos aliados da Otan e com nossos valiosos parceiros", disse Austin, na abertura de uma reunião virtual do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia, composto por dezenas de países que apoiam Kiev.
"O que sabemos é o contexto em que isso está acontecendo. A Rússia enfrenta um revés após o outro no campo de batalha e está colocando os civis ucranianos e a infraestrutura civil na mira", acrescentou.
O chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, que também iria participar da reunião, foi mais direto ao responsabilizar a Rússia.
"Isso não é culpa da Ucrânia. A Rússia tem a responsabilidade final, enquanto continua sua guerra ilegal contra a Ucrânia", declarou, após presidir uma reunião de embaixadores da Aliança Atlântica.
A explosão no leste da Polônia ocorreu depois de a Rússia lançar dezenas de ataques com mísseis na Ucrânia na terça-feira. Segundo Kiev, o bombardeio deixou milhões de pessoas sem energia elétrica.
Construir defesas aéreas de múltiplas camadas para se proteger desses ataques é um objetivo crucial dos aliados da Ucrânia, que forneceram vários sistemas de mísseis a Kiev.
Hoje, Austin afirmou que os sistemas avançados NASAMS enviados por Washington estão funcionando na Ucrânia.
"Nossos sistemas de defesa aérea NASAMS estão agora operacionais e tiveram uma taxa de sucesso de 100% na interceptação dos mísseis russos, enquanto o Kremlin continua seu implacável bombardeio na Ucrânia, incluindo os ataques de ontem", completou.
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