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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Soldado russo é condenado a cinco anos de prisão por se recusar a lutar na Ucrânia

Artilheiros ucranianos da 24ª brigada carregam uma munição em uma posição ao longo da linha de frente nas proximidades de Bakhmut, região de Donetsk, em 10 de dezembro de 2022 - IHOR TKACHOV/AFP
Artilheiros ucranianos da 24ª brigada carregam uma munição em uma posição ao longo da linha de frente nas proximidades de Bakhmut, região de Donetsk, em 10 de dezembro de 2022 Imagem: IHOR TKACHOV/AFP

12/01/2023 09h51Atualizada em 12/01/2023 10h57

Um tribunal russo condenou um soldado a cinco anos de prisão por se recusar a lutar na Ucrânia, informaram fontes judiciais nesta quinta-feira (12).

O julgamento ocorreu no tribunal militar de Ufa, na República de Bashkortostan (Urais).

"Recusando-se a participar da operação militar especial" lançada pela Rússia na Ucrânia em fevereiro, Marsel Kandarov, de 24 anos, não compareceu ao seu local de serviço em maio, informou a assessoria de imprensa dos tribunais de Bashkortostan.

Em setembro, ele foi "encontrado" pelas forças de segurança, segundo a mesma fonte.

O militar foi considerado culpado de evasão do serviço militar por mais de um mês, durante um período de mobilização, e foi condenado a cinco anos de detenção em uma colônia penal, segundo o comunicado.

Em setembro, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a mobilização de 300.000 reservistas, após vários reveses militares russos na Ucrânia. Dezenas de milhares de homens deixaram o país para evitar ir para a frente de batalha.

Em outro julgamento, um tribunal militar em Moscou condenou um reservista a cinco anos e meio de regime fechado em uma colônia penal por "bater" em um oficial durante uma discussão, informou a agência estatal russa TASS.

Segundo a agência, o reservista expressou "insatisfação" com a organização do treinamento para os mobilizados perto de Moscou e, em seguida, soprou fumaça de cigarro no rosto de um oficial e lhe deu um soco.