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Finlândia considera ingressar na Otan sem a Suécia após incidente diplomático

18.mai.2022 - O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, recebeu hoje, em Bruxelas, na Bélgica, as candidaturas de Suécia e Finlândia para ingressar na aliança militar - Johanna Geron/Reuters
18.mai.2022 - O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, recebeu hoje, em Bruxelas, na Bélgica, as candidaturas de Suécia e Finlândia para ingressar na aliança militar Imagem: Johanna Geron/Reuters

24/01/2023 07h15Atualizada em 24/01/2023 07h36

A Finlândia deve considerar a opção de ingressar na Otan sem a Suécia, disse seu ministro das Relações Exteriores pela primeira vez nesta terça-feira (24), depois que a Turquia descartou a aprovação da candidatura sueca.

A adesão conjunta dos dois países nórdicos continua sendo "a primeira opção", mas "obviamente devemos avaliar a situação, se acontecer algo que a longo prazo impeça a Suécia de avançar", disse o ministro das Relações Exteriores, Pekka Haavisto, à televisão pública Yle.

"É muito cedo para tomar uma posição", esclareceu Haavisto.

No último sábado, um extremista de direita queimou um Alcorão em uma manifestação autorizada perto da embaixada turca em Estocolmo, um incidente que gerou protestos em todo o mundo muçulmano.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse na segunda-feira que a Suécia não poderá contar com o "apoio" de Ancara após esse incidente, que se soma ao causado por um vídeo de militantes pró-curdos em meados de janeiro.

Esses protestos são "um obstáculo" às candidaturas à Otan, disse o ministro finlandês, que lamentou que "os manifestantes estão brincando com a segurança da Finlândia e da Suécia".

"Minha conclusão é que haverá um atraso (da autorização de Ancara), que durará até as eleições turcas em meados de maio", nas quais Erdogan arrisca sua reeleição como presidente, acrescentou o chanceler finlandês.

Ao contrário do caso da Suécia, a Turquia afirmou nos últimos meses que não tem objeções à entrada da Finlândia na Otan.