Topo

Presidente da China visitará Rússia em meio à guerra na Ucrânia

10.03.23 - Xi Jinping presta juramento na recondução ao seu terceiro mandato como presidente da China  - NOEL CELIS/AFP
10.03.23 - Xi Jinping presta juramento na recondução ao seu terceiro mandato como presidente da China Imagem: NOEL CELIS/AFP

17/03/2023 06h14Atualizada em 17/03/2023 07h33

O presidente da China, Xi Jinping, viajará à Rússia na próxima semana para falar sobre a "cooperação estratégica" entre os dois países, anunciaram Pequim e Moscou nesta sexta-feira (17).

"A convite do presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin, o presidente Xi Jinping fará uma visita de Estado à Rússia de 20 a 22 de março", informou o ministério das Relações Exteriores da China em um comunicado.

Xi visitou a Rússia pela última vez em 2019. Putin compareceu no ano passado à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim. Os dois chefes de Estado também se encontraram em uma reunião regional de segurança em setembro do ano passado no Uzbequistão.

Os dois devem conversar na próxima semana sobre a maneira de aprofundar "cooperação estratégica", segundo um comunicado do Kremlin.

Xi e Putin abordarão o "aprofundamento da colaboração exaustiva e da cooperação estratégica entre Rússia e China, em particular no cenário internacional", explicou o Kremlin em um comunicado, que também cita a assinatura de "importantes documentos bilaterais".

A visita acontecerá pouco mais de um ano após o início da invasão russa da Ucrânia.

A China tenta se apresentar como um Estado neutro na disputa, mas sua posição foi criticada por líderes ocidentais, que consideram que a potência asiática está apoiando Moscou de maneira tácita.

Em um documento de 12 pontos publicado no mês passado sobre a guerra da Ucrânia, a China fez um apelo por diálogo e defendeu o respeito à integridade territorial de todos os países.

Na quinta-feira, o chanceler chinês, Qin Gang, insistiu em uma conversa telefônica com o homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, que Kiev e Moscou devem iniciar negociações de paz "o mais rápido possível".