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Pai convida general para ser padrinho de bebê resgatada na selva colombiana

Crianças de 13, 9, 4 e 1 ano sobreviveram sozinhas na selva - Iván Velásquez Gómez/Twitter
Crianças de 13, 9, 4 e 1 ano sobreviveram sozinhas na selva Imagem: Iván Velásquez Gómez/Twitter

Da AFP

10/06/2023 21h14Atualizada em 10/06/2023 23h28

O general colombiano que liderou as operações de busca das quatro crianças resgatadas na sexta-feira, após 40 dias perdidas na Amazônia colombiana, será o padrinho da mais nova.

No avião que levava os menores de volta a Bogotá, o pai disse ao general Pedro Sánchez: "quero que você seja o padrinho da menina, da mais nova".

"Para mim, é uma honra", respondeu Sánchez, contou o próprio general ao canal de televisão local Caracol, visivelmente emocionado e com a mão direita sobre o coração.

"Nós só temos um filho de nove anos, em algum momento sempre quis adotar alguém e, ontem à noite, ou melhor, esta madrugada, quando cheguei em casa, disse à minha esposa que se tornou realidade, vamos ter uma filha, por assim dizer, mesmo que tenha um sobrenome diferente", disse Sánchez.

A pequena Cristin, que completou um ano de idade durante a jornada dos quatro irmãos pela selva, desperta especial empatia entre o público, com seus grandes olhos pretos que se destacam em seu rosto magro.

"É o que se sente no coração, é o que se sente no sangue, na alma", expressou o general.

"Esta manhã, disse ao meu filho de nove anos: 'Alejandro, você vai cuidar de uma criança mais nova que tem um ano, encontramos as crianças da selva'. E ele me disse: 'Tá bom, papai, vou cuidar'", concluiu o oficial superior da Força Aérea Colombiana, cujo rosto carismático adornado com um boina vinho tem ocupado as capas da imprensa de seu país desde o início da história.

Outro general, comandante das Forças Especiais, será o padrinho de outra das crianças da comunidade huitoto, Tien Noriel, de 5 anos, segundo Caracol.

Embora debilitados, Lesly (13 anos), Soleiny (9), Tien Noriel (5) e Cristin (1) foram encontrados vivos na sexta-feira em uma operação inédita e milagrosa, depois de sobreviverem a um acidente de avião e vagarem perdidos por 40 dias na selva amazônica da Colômbia.

Eles foram os únicos sobreviventes do acidente, ocorrido em 1º de maio, aparentemente devido a uma falha mecânica. A mãe das crianças, o piloto e um líder da comunidade indígena que viajavam com eles morreram.

As operações de busca por terra, apoiadas por helicópteros, mobilizaram uma centena de militares, apoiados por 84 voluntários indígenas.