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Senado aprova projeto que torna CPF número único de identificação

O relator do projeto, senador Esperidião Amin (PP-SC), acatou duas emendas apresentadas ao texto e, com a mudança, o texto retorna à Câmara - Antonio Cruz/Agência Brasil
O relator do projeto, senador Esperidião Amin (PP-SC), acatou duas emendas apresentadas ao texto e, com a mudança, o texto retorna à Câmara Imagem: Antonio Cruz/Agência Brasil

28/09/2021 22h56Atualizada em 29/09/2021 14h23

O Senado aprovou nesta terça-feira (28), em votação simbólica, o projeto de lei que estabelece que o CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) será o "número único e suficiente" para identificação do cidadão em todos os bancos de dados do poder público. O relator do projeto, senador Esperidião Amin (PP-SC), acatou duas emendas apresentadas ao texto e, com a mudança, o texto retorna à Câmara dos Deputados para nova análise.

Amim explicou que o projeto não invalida os demais documentos de identificação. "O objetivo da proposição é estabelecer um único número ao cidadão para que ele possa ter acesso aos seus prontuários no SUS [Sistema Único de Saúde]; aos sistemas de assistência e previdência social, tais como Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada e registros no INSS; às informações fiscais e tributárias; ao exercício das obrigações políticas, como alistamento eleitoral e voto", disse.

Pelo texto aprovado no Senado, o número de inscrição no CPF deverá constar nos cadastros e nos documentos de órgãos públicos, no registro civil de pessoas naturais ou nos conselhos profissionais, como certidões de nascimento, casamento ou óbito; no DNI (Documento Nacional de Identificação); no NIT (Número de Identificação do Trabalhador); no registro no PIS (Programa de Integração Social) ou no Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público); no Cartão Nacional de Saúde; no título de eleitor; na CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social); na CNH (Carteira Nacional de Habilitação); no certificado militar; na carteira profissional; e em "outros certificados de registro e números de inscrição existentes em bases de dados públicas federais, estaduais, distritais e municipais".

Os novos documentos emitidos ou reemitidos por órgãos públicos ou por conselhos profissionais terão como número de identificação o mesmo número de inscrição no CPF.

O projeto determina que, para ter acesso a informações e serviços, para o exercício de direitos e obrigações ou para a obtenção de benefícios perante os órgãos e as entidades federais, estaduais, distritais e municipais ou serviços públicos delegados, o cidadão terá que apresentar apenas o CPF, ou outro documento que contenha o número de seu CPF, "dispensada a apresentação de qualquer outro documento". O mesmo valerá para cadastros, formulários, sistemas e outros instrumentos exigidos dos usuários para a prestação de serviço público.

O relator retirou do texto, ao acatar emenda de senadores, a previsão de que estados, municípios e Distrito Federal poderiam exigir outros números do cidadão em casos excepcionais.

* Com informações da Agência Senado