'Não nos responsabilizamos mais', diz major sobre ato

Em São Paulo

Protestos contra o aumento da tarifa do transporte coletivo
Protestos contra o aumento da tarifa do transporte coletivo

O major Lidio Costa Junior, do Policiamento de Trânsito da PM, disse que o protesto contra aumento da tarifa em São Paulo, que ocorre na região central na noite desta quinta-feira (13), está fugindo do controle: "Não nos responsabilizamos mais pelo que vai acontecer".

Os manifestantes montaram barricadas de fogo na rua da Consolação e na rua Rego Freitas. Eles jogam pedras e rojões contra a PM. Na rua Caio Prado, o grupo gritava em coro: "Augusta, Augusta", para onde deveriam se dirigir.

Policiais militares e manifestantes entraram em confronto por volta das 19h10 na rua da Consolação. O conflito ocorreu no momento em que os ativistas queriam prosseguir com o ato sentido avenida Paulista e a PM tentava impedi-los.

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As lideranças do movimento e os comandantes da PM tentavam chegar a um acordo quando o conflito teve início. A Força Tática usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os ativistas, que responderam atirando objetos. Cerca de 5.000 pessoas participam do ato, segundo a PM.

O ato saiu da frente do Theatro Municipal e passou pela Praça da República. Os policiais negociavam com representantes do Movimento Passe Livre para que a manifestação se encerrasse na Praça Roosevelt, mas, durante a negociação, os manifestantes simplesmente continuaram com o protesto e seguiram adiante. Grupos menores estão espalhando lixo pelas ruas e ateando fogo, a exemplo do que foi feito após a repressão dos outros atos.

Mais de 60 pessoas foram presas, entre elas o jornalista Piero Locatelli, repórter de política da revista "Carta Capital", que foi preso por estar com vinagre. Por volta de 19h15, a direção da revista informou, via Twitter, que ele havia sido solto. Cerca de 40 manifestantes foram presos antes do início do ato. Além deles, a reportagem do UOL viu ao menos outros 20 sendo detidos pela PM depois do confronto. A Secretaria de Segurança Pública do Estado e a PM não confirmam o número de presos.

Segundo o capitão da PM Elço Moreira, os detidos foram apreendidos com coquetéis molotov, facas, maconha e material incendiário. Eles foram  encaminhados para a 78ª DP (Jardins).

A reportagem do UOL presenciou confronto entre policiais e manifestantes na esquina da rua Líbero Badaró e o viaduto do Chá, no centro. Jovens chegaram a jogar cones de sinalização contra os PMs.

Pessoas que passaram pelas proximidades do Theatro Municipal, no centro, tiveram as bolsas e mochilas revistadas por policiais militares. O local era o ponto de concentração do protesto.

Farmácias, lojas de calçados e de roupas próximas à praça Ramos de Azevedo fecharam as portas mais cedo, os comerciantes temiam ter estabelecimentos danificados durante o protesto.

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