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Flávio Bolsonaro: Isto É faz "ilação irresponsável" ao vinculá-lo à milícia

Postagem de 2017 no Instagram em que Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) aparece ao lado dos irmãos Alan, Alex e Valdenice Oliveira - Reprodução/Instagram
Postagem de 2017 no Instagram em que Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) aparece ao lado dos irmãos Alan, Alex e Valdenice Oliveira Imagem: Reprodução/Instagram

Em São Paulo

22/02/2019 12h57

Em nota divulgada hoje (22), o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) "repudia" reportagem da revista Isto É que afirma que cheques de campanha do senador foram assinados por Valdenice de Oliveira Meliga, irmã dos milicianos Alan e Alex Rodrigues Oliveira, presos em operação conduzida pela polícia e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

Em nota assinada por sua assessoria de imprensa, Flávio acusa a revista de "fazer uma ilação irresponsável" ao vinculá-lo com "candidaturas irregulares e a milícia carioca", em uma tentativa de "denegrir" sua imagem.

A reportagem obteve dois cheques de Flávio assinados por Valdenice: um de R$ 3,5 mil e outro no valor de R$ 5 mil. Dona de uma empresa de eventos, a Me Liga Produções e Eventos, Val era uma das pessoas a quem o filho do presidente, Jair Bolsonaro (PSL), deu procuração, conforme documento enviado à Justiça Eleitoral, para cumprir a tarefa.

Em nota, Flávio afirma que Val Meliga é tesoureira geral do PSL e tinha "como determinação legal a obrigação de assinar cheques do partido", mas "jamais em nome do atual senador". Além disso, o senador diz que "os supostos milicianos apontados pela revista são policiais militares".

A reportagem da Isto É também afirma que um dos cheques assinados por Val, no valor de R$ 5 mil, foi destinado à empresa Alê Soluções e Eventos Ltda, de propriedade de Alessandra Cristina Ferreira de Oliveira, que era funcionária do gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado) e exerceu na campanha eleitoral a função de primeira tesoureira do PSL.

Flávio rebate a revista e afirma que "não houve qualquer direcionamento ao PSL-RJ relacionado à escolha dos profissionais de assessoria contábil e jurídica". E acrescenta que todas as "prestações de contas foram aprovadas, ratificando a legalidade e lisura durante o processo eleitoral".