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Bolsonaro assina decreto que institui nova política de desenvolvimento regional

O presidente Jair Bolsonaro e os ministro Paulo Guedes e Gustavo Canuto - Pedro Ladeira/Folhapress
O presidente Jair Bolsonaro e os ministro Paulo Guedes e Gustavo Canuto Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Teo Cury e Lorenna Rodrigues

Brasília

30/05/2019 15h34

O presidente Jair Bolsonaro assinou na tarde desta quinta-feira (30), o decreto que institui a nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional.

De acordo com o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, a ideia é estabelecer uma política em prol do crescimento na Amazônia, no Nordeste e no Centro-Oeste, com ações de promoção da competitividade em regiões com declínio populacional e altas taxas de migração.

A Política de Desenvolvimento Regional passa a ser para ativar o crescimento, com visão para a produção, não para a assistência

Gustavo Canuto, ministro do Desenvolvimento Regional

O ministro ressaltou a necessidade de coordenação com Estados e municípios para que a política seja bem-sucedida.

"O Brasil não vai se desenvolver sem coesão com governos estaduais e o governo possa dialogar de maneira republicana com todos os Estados", afirmou.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, explicou que a Política Nacional e Desenvolvimento Regional tem por objetivo atender a parcela da população brasileira que, de acordo com ele, mais precisa do governo.

"Continuamos trabalhando e formulando para que o Brasil profundo possa estar cada vez mais conectado, ter mais oportunidade, que as brasileiras e brasileiros possam estar sempre afinados, quer na comunicação, quer na formação, quer na reafirmação da cidadania brasileira", disse Onyx.

O ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, disse que o plano caracteriza o compromisso formal do governo de mobilizar esforços para Amazônia, Nordeste e Centro-Oeste. "Determinação do presidente é de apresentar um plano para Amazônia e Nordeste, que tem anseio de desenvolvimento", afirmou.

Plano para o Nordeste

Em sua primeira viagem oficial ao Nordeste, Bolsonaro anunciou na última sexta-feira (24), no Recife, um acréscimo de R$ 4 bilhões ao FNE (Fundo Constitucional do Nordeste), um dos três fundos constitucionais para implementar a política de desenvolvimento em algumas áreas do País. Lá, o presidente participou da reunião do Conselho Deliberativo de Desenvolvimento do Nordeste.

O texto assinado hoje pelo presidente atualiza a primeira versão da Política de Desenvolvimento Regional, publicada há 12 anos, e tem o intuito de adotar medidas para buscar o desenvolvimento do país e a redução de desigualdades regionais por meio da promoção da competitividade e da diversificação econômica, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional.

A intenção é gerar emprego e renda nas próprias localidades e fortalecer centros urbanos de médio porte, para evitar a migração para as cidades grandes.

Será reestruturada a Câmara de Políticas de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, que passa a ser composta pelos ministros da Casa Civil, da Economia, do Desenvolvimento Regional, da Secretaria-Geral da Presidência, da Secretaria de Governo e pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.