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MP do Código Florestal pode ser votada também no dia 3, diz líder do governo

Fernando Bezerra Coelho (MDB), líder do governo no Senado - Pedro Ladeira - 28.mar.2019/Folhapress
Fernando Bezerra Coelho (MDB), líder do governo no Senado Imagem: Pedro Ladeira - 28.mar.2019/Folhapress

Daniel Weterman

Brasília

30/05/2019 13h49

Apesar de o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ter anunciado acordo para deixar caducar a Medida Provisória que muda o Código Florestal, o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que o texto poderá ser votado na segunda-feira (3), quando há sessão agendada para analisar outras duas MPs.

A prioridade, ponderou, é votar o texto que estabelece medidas contra fraudes no INSS.

O governo tem interesse em aprovar a 871 [antifraude], essa é a matéria prioritária do governo. Daqui até segunda-feira, às 16h, diálogo, conversa e negociação

Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também afirmou nesta quinta (30) que insistirá até o último momento para que o Senado vote a medida provisória que altera o Código Florestal.

"Essa medida provisória não é do nosso governo. Eu sempre defendi o agronegócio e nós vamos buscar uma solução. Eu vou dialogar com o presidente (do Senado) Davi Alcolumbre para ver se ainda encontramos alguma solução. A gente tem até a meia-noite da segunda-feira para tentar fazer o Senado votar a medida."

De acordo com Lorenzoni, ainda que a MP tenha sido editada ainda pelo ex-presidente Michel Temer no fim do ano passado, o governo de Jair Bolsonaro "tem identidade" com a proposta. "Queremos que o produtor brasileiro possa produzir, crescer. Nenhum outro país no mundo protege suas matas nativas como o Brasil. A questão do meio ambiente, às vezes, é usada para travar o crescimento do Brasil", disse.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.