Bolsonaro sobre relação com Fernández: "Argentina precisa da gente também"
O presidente Jair Bolsonaro disse hoje esperar que seja mantido o comércio bilateral entre Brasil e Argentina, mas que não vai telefonar para cumprimentar o presidente eleito daquele país, Alberto Fernández, nem prestigiar a sua posse. Na avaliação de Bolsonaro, a "Argentina precisa" do Brasil, assim como o Brasil precisa do país vizinho.
"Não vou ligar pra ele (Fernández). Não vou cumprimentá-lo nem vou na posse dele. Não vai ter retaliação, espero manter o comércio", disse Bolsonaro a jornalistas. "Se alguém quiser ir lá (na posse de Fernández) é só falar comigo. Se tiver algum voluntário... tá livre. Argentina precisa da gente também. Nós (precisamos) deles, e eles (precisam) de nós."
A Argentina elegeu para a Casa Rosada, no último domingo, o peronista Fernández, que derrotou Mauricio Macri, aliado de Bolsonaro. O presidente brasileiro já havia lamentado o resultado e dito que não cumprimentaria a chapa vencedora.
"Lula livre"
Bolsonaro também ficou muito incomodado com uma imagem publicada por Fernández em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde abril do ano passado na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, após ser condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.
Logo após a eleição, Fernández fez uma selfie ao lado de aliados com o gesto de "Lula livre" e pediu a libertação do petista. Na última segunda-feira, Fernández utilizou o Twitter para agradecer uma carta enviada por Lula e pediu novamente a liberdade do ex-presidente.
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