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Bolsonaro diz que chance do Aliança pelo Brasil sair do papel é 'zero'

"Esquece, é impossível", disse Bolsonaro a apoiador que o indagou sobre a formação do partido de direita - Rodney Costa/Futura Press/Estadão Conteúdo
'Esquece, é impossível', disse Bolsonaro a apoiador que o indagou sobre a formação do partido de direita Imagem: Rodney Costa/Futura Press/Estadão Conteúdo

Eduardo Gayer

Em São Paulo

01/10/2021 12h28Atualizada em 01/10/2021 13h29

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu hoje que é "zero" a chance do Aliança pelo Brasil sair do papel.

"Esquece, é impossível, zero chance de formar o Aliança", respondeu Bolsonaro a um apoiador em frente ao Palácio do Planalto que disse ter assinado a ficha de filiação ao partido.

Apoiadores do governo continuam com as articulações para criar o partido, que poderia abrigar Bolsonaro, hoje sem legenda, nas eleições de 2022. Mas o Aliança ainda não conseguiu coletar 492 mil assinaturas válidas necessárias, como determina a lei.

Hoje, Bolsonaro tem convite de siglas como o PP, do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o PTB, de Roberto Jefferson. Até o momento, o presidente não se decidiu. Questionado hoje por um apoiador sobre para qual legenda poderia migrar, o presidente não respondeu.

'Dá tiro de feijão'

Ainda falando com apoiadores, apesar do crescimento da fome em todo o país, Bolsonaro voltou a ironizar quem pede menos armas e mais feijão. "Esquerda fala que a gente não come arma, come feijão. Quando alguém invadir sua casa, dá tiro de feijão", disse o presidente.

Em agosto, Bolsonaro já tinha feito um comentário na mesma linha e aconselhou seguidores a comprarem fuzil, mesmo que seja caro.

"Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Aí tem um idiota: 'ah, tem que comprar é feijão'. Cara, se você não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar", chegou a declarar o presidente à época.

Novamente em defesa do armamento da população, medida criticada por especialistas e considerada ineficaz no combate à violência, Bolsonaro afirmou que Santa Catarina é o estado mais armado e o menos violento do país.

"Quanto mais armas, menos violência", cravou o chefe do Executivo, sem citar qualquer embasamento científico na afirmação.