CPI: Prevent diz que médica sugeriu, mas não determinou tratamento paliativo
Em nota distribuída pela assessoria de imprensa, a Prevent Senior se defendeu hoje das denúncias feitas mais cedo pelo advogado Tadeu de Andrade na CPI da Covid. A empresa negou que tenha iniciado tratamento paliativo no paciente e afirmou que a medida foi uma "sugestão" de médica da empresa, e não uma determinação.
Andrade reforçou nesta manhã as denúncias contra a empresa de plano de saúde em depoimento na comissão. Ele ficou 30 dias internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e relatou ter sido vítima de uma tentativa de retirá-lo dos cuidados intensivos sem consentimento da família.
"A Prevent Senior refuta ter iniciado tratamento paliativo ao paciente Tadeu Frederico de Andrade sem autorização da família", diz a nota. No depoimento, o paciente afirmou que o tratamento paliativo só não foi realizado porque a família ameaçou acionar a Justiça e a imprensa. "Frise-se: a médica fez uma sugestão, não determinação. O paciente recebeu e continua recebendo todo o suporte necessário para superar a doença e sequelas", diz a empresa.
'Depoimento devastador'
As declarações de Tadeu de Andrade causaram grande repercussão entre os parlamentares. "Depoimento advogado sobrevivente da Prevent Senior agora na CPI é devastador, pelas palavras, pela cena, pela história. Brota do mais fundo de uma das almas que a operadora queria mandar embora, prematura e compulsoriamente", escreveu a senadora Simone Tebet (MDB-MS), em publicação no Twitter.
"Comovente e revoltante o depoimento do paciente da Prevent Sênior agora na #CPIdaCovid. Pressionaram a família a autorizar cuidados paliativos porque seu caso seria irreversível. Ele sobreviveu. O 'óbito também é alta'", escreveu a deputada Vivi Reis (PSOL-PA), também em publicação no Twitter.
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