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Moraes manda Weintraub depor à PF sobre vídeo com informações falsas sobre STF

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que Abraham Weintraub preste depoimento à PF sobre um vídeo publicado nas redes sociais com "informações falsas" sobre a Corte - Walterson Rosa/Ministério da Educação
Ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que Abraham Weintraub preste depoimento à PF sobre um vídeo publicado nas redes sociais com "informações falsas" sobre a Corte Imagem: Walterson Rosa/Ministério da Educação

Weslley Galzo

Brasília

04/02/2022 07h32

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub preste depoimento à Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, 4, sobre um vídeo publicado nas redes sociais em que são compartilhadas "diversas informações falsas" sobre a Corte e seus membros, como consta no despacho do relator.

A oitiva deveria ter acontecido até o último dia 29 de janeiro, mas foi cancelada após Weintraub declarar às autoridades policiais ter testado positivo para a covid-19. No despacho, Moraes não especifica onde e em qual horário o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) deverá ser ouvido.

No vídeo que motivou a investigação, Weintraub concede entrevista ao podcast Inteligência Ltda, na qual afirma que um dos membros do STF teria demonstrado interesse em comprar sua casa no Brasil sob a justificativa de que o ele não retornaria ao País após a ida aos Estados Unidos para assumir a diretoria do Banco Mundial.

No dia 9 de março, Weintraub foi intimado pelo MPF (Ministério Público Federal) do Rio de Janeiro a prestar depoimento sobre o dia em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria admitido que recebeu informações da operação Furna da Onça, da Polícia Federal, antecipadamente.

Weintraub e família Bolsonaro

Weintraub deixou o governo Bolsonaro em junho de 2020 sob fortes críticas e ameaçado de sofrer um processo de impeachment. O ex-ministro ocupou o Ministério da Educação por um ano e dois meses, período em que protagonizou polêmicas por declarações alinhadas à chamada "ala ideológica" do governo - inspirada no ensinamos do escritor Olavo de Carvalho -, assim como pelos problemas enfrentados pela pasta durante os primeiros meses da pandemia de Covid-19 e a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019.

Em crise com Bolsonaro por causa de suas pretensões eleitorais, o ex-ministro estuda lançar candidatura para o governo de São Paulo nas eleições deste ano, onde rivalizaria com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que conta com o apoio do governo.