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OMS: casos da covid-19 continuam a aumentar no mundo, puxados por Ásia e Europa

Ghebreyesus disse que a alta recente nos casos reflete a disseminação da variante ômicron da doença, mais contagiosa - Denis Balibouse/Reuters
Ghebreyesus disse que a alta recente nos casos reflete a disseminação da variante ômicron da doença, mais contagiosa Imagem: Denis Balibouse/Reuters

Gabriel Bueno da Costa

Em São Paulo

23/03/2022 12h27

O secretário-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou hoje para o aumento nos casos da covid-19 pelo mundo, impulsionados sobretudo pela Ásia, mas também pela Europa. "O aumento global nos casos de covid-19 continua, puxados por grandes surtos na Ásia e por uma nova onda na Europa", afirmou ele, durante entrevista coletiva. "Vários países enfrentam agora suas taxas de mortalidade mais elevadas desde o início da pandemia."

Ghebreyesus disse que a alta recente nos casos reflete a disseminação da variante ômicron da doença, mais contagiosa, sobretudo sua subvariante BA.2, e também o risco de vida maior para os não vacinados, especialmente entre as pessoas mais velhas. Nesse contexto, a entidade voltou a insistir na necessidade de se avançar na vacinação em todos os países. "Mesmo enquanto alguns países de renda alta propõem uma segunda dose de reforço, um terço da população mundial continua sem vacinas."

Líder técnica da covid-19 na OMS, Maria Van Kerkhove falou sobre o avanço recente de casos da covid-19 no mundo. Segundo ela, isso ocorre também por causa da retirada de medidas profiláticas que podem conter os contágios. Kerkhove voltou a insistir na importância do uso de máscaras com essa finalidade, mas disse que a OMS não defende lockdowns, no quadro atual da pandemia.

Ucrânia

O secretário-geral da OMS também destacou o quadro na Ucrânia. Segundo ele, a situação humanitária "continua a se deteriorar" em muitas partes do país "e é crítica nos distritos de Mariupol e Bucha". Ele lembrou que, um mês após a invasão russa, quase 10 milhões de pessoas, ou um quarto da população da Ucrânia, tiveram de deixar suas casas para fugir da violência. "Continuamos a pedir à Federação Russa que pare a guerra", pediu Ghebreyesus.