PL elege oito senadores e Bolsonaro aumenta a sua força na Casa
O atual partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, será dono da maior bancada do Senado a partir de 2023. A sigla elegeu oito senadores neste domingo, 2, em todas as regiões do País, com destaque para três das quatro cadeiras em disputa do Sudeste - São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Como já é representado por seis senadores, o PL ocupará 13 das 81 cadeiras, alcançando sozinho 16% dos votos possíveis em votações.
Somados os candidatos eleitos por partidos aliados, o bolsonarismo ganha, no total, mais 14 parlamentares, contando oito do PL, três do PP, dois do Republicanos e um do PSC. O União Brasil, que concorreu à Presidência da República com a senadora Soraya Thronicke, elegeu cinco candidatos. Já o MDB, representado na disputa nacional pela também senadora Simone Tebet, obteve apenas uma vitória, na contramão do que ocorreu há quatro anos, quando a sigla elegeu o maior número de senadores: sete.
Do outro lado, aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fizeram cinco cadeiras, sendo quatro do próprio PT e uma do PSB. Os demais partidos não elegeram representantes neste domingo, 2.
Entre os eleitos estão nomes bastante conhecidos dos eleitores, como ex-governadores, ex-ministros, como Sérgio Moro (União-PR) e Damares Alves (Republicanos-DF), e senadores que se reelegeram, como Omar Aziz (PSD-DF) e Romário (PL).
Pelas redes sociais, o ex-jogador agradeceu aos eleitores. "Obrigado, obrigado e obrigado. Não tenho palavras para descrever a emoção de ser reconduzido ao Senado pelo povo do Rio de Janeiro. Prometo a vocês que trabalharei ainda mais para entregar uma melhor qualidade de vida para a população fluminense e brasileira", escreveu Romário, que se filiou ao PL após Bolsonaro escolher o partido para tentar se reeleger.
Ex-ministro de Desenvolvimento Nacional do governo Bolsonaro, Rogério Marinho (PL-RN) também se manifestou pela internet. "Obrigado minha gente querida. Não há palavras nesse momento que sejam suficientes para externar a minha gratidão por cada um de vocês. Vamos juntos construir um RN mais feliz e justo. Muito obrigado! Vamos juntos com Bolsonaro", disse.
Assim como os demais ex-ministros que se elegeram no domingo, Marinho é esperado para integrar a campanha pela reeleição a partir desta segunda. Em seu pronunciamento, o presidente destacou que os aliados que tentavam se eleger ao Congresso passarão agora a trabalhar nos Estados como suporte para a disputa presidencial.
Damares Alves, por exemplo, já esteve com Bolsonaro no domingo no Palácio da Alvorada. Antes do encontro, saiu em um carro de som por Brasília seguida por apoiadores para comemorar a vitória.
"Estamos instaurando em Brasília a nova política, sem toma lá, dá cá", declarou. Ela fez questão de agradecer ao presidente Jair Bolsonaro e à primeira-dama, Michelle Bolsonaro, pelo apoio na campanha e ressaltou seu apoio ao padrinho na eleição presidencial. "Todas as energias agora para a apuração nacional. Não podemos conceber a ideia de um ex-presidiário venha a governar essa nação de novo. Bolsonaro será reeleito", disse.
Nordeste tem quatro ex-governadores eleitos
Quatro ex-governadores do Nordeste que deixaram o posto no Executivo neste ano foram eleitos senadores. Os mandatos terão início em fevereiro de 2023 e se encerram em 2031. Todos fizeram campanha colados na imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que obteve vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) na região.
Em Alagoas, o filho do senador Renan Calheiros (MDB), Renan Filho (MDB), recebeu 845,9 mil votos (56,92% dos votos válidos) e vai representar o Estado na Casa ao lado do pai depois de dois mandatos como governador. Alagoas foi um dos diretórios dissidentes do MDB que não apoiaram Simone Tebet à Presidência em prol do nome de Lula.
Já no Ceará, o petista Camilo Santana, que governou o Estado entre 2015 e 2022, recebeu mais de 3,3 milhões de votos (69,7%) e agora troca o Executivo pelo Legislativo. Camilo ainda emplacou o nome de Elmano de Freitas (PT), eleito governador em primeiro turno, derrotando o grupo político do PDT de Ciro Gomes.
Flávio Dino, do PSB, também apostou com sucesso em um cargo no Senado depois de governar o Maranhão por dois mandatos. Ele foi escolhido por 2,1 milhões de eleitores, o equivalente a 62,38% dos votos. O governador eleito no Estado, Carlos Brandão, também compõe a legenda de Dino.
Já Wellington Dias voltou a representar o Piauí no Senado após oito anos com 51,33% dos votos. Ele foi governador do Piauí entre 2003 e 2010, quando deixou o cargo para assumir uma cadeira no Senado
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