Chuvas irregulares: até quando o El Niño vai atuar no Rio Grande do Sul?

Os próximos três meses devem presenciar um enfraquecimento consistente do fenômeno climático El Niño, aponta o boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), ligado à Secretaria de Agricultura gaúcha.

No segundo semestre, as chuvas no Rio Grande do Sul provocaram dezenas mortes e deixaram milhares de desabrigados.

Segundo o boletim, o prognóstico indica chuvas irregulares, com tendência a ficarem próximas da média ou ligeiramente acima da média entre janeiro e março na maioria das regiões gaúchas, diz em nota a pasta. As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A secretaria gaúcha informa, ainda, que áreas com "aglomerado de nuvens de tempestade podem se formar em regiões do oeste e de fronteira, entre o Uruguai e a Argentina, que devem ficar com precipitação acima da média".

Além disso, tempestades, rajadas de vento forte e queda de granizo devem ocorrer no Estado, ainda sob a influência do El Niño, que perderá, porém, intensidade nesse período. "O mês de março pode apresentar chuvas em excesso e mais frequentes, com a passagem de frentes frias e a formação de áreas de instabilidade."

Já entre janeiro e fevereiro, as temperaturas devem ficar acima da média, especialmente na metade norte do Rio Grande do Sul. Nesse período, o ar quente e úmido será uma constante, o que leva a condições de abafamento. Já no mês de março, com retorno das chuvas mais abrangentes e passagem de frentes frias, a tendência é de temperaturas um pouco abaixo da média, especialmente no sul do Estado.

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