Papa diz ter ficado surpreso e condena violência no Capitólio
O papa Francisco comentou sobre a invasão do Capitólio por parte dos apoiadores de Donald Trump, ocorrida na última quarta-feira (06), e disse ter ficado "surpreso" com o fato ter acontecido nos Estados Unidos.
"Eu fiquei surpreso... um povo assim disciplinado, a democracia.. não? Mas, é uma realidade e também na realidade mais madura sempre há alguma coisa que não vai certo, com gente que segue o caminho contra a comunidade, contra a democracia, contra o bem comum", disse o Pontífice em entrevista publicada hoje ao canal italiano Mediaset.
O líder católico ainda afirmou que "graças a Deus, conseguiram parar" o ato "e que foi possível ver bem que essa é a hora de dar o remédio".
"Sim, isso deve ser condenado, esse movimento assim, independente das pessoas. A violência é sempre assim, não? Nenhum povo no mundo pode tirar vantagem e dizer que não tem um dia sem violência. Acontece na história, mas devemos sempre aprender para não repetir, aprender com a história", acrescentou Jorge Mario Bergoglio.
Ao fim de sua resposta para o jornalista Fabio Marchese Ragona, o Papa faz um alerta. "Precisamos aprender que esses grupos para-regulares, que não estão bem inseridos na sociedade, mais cedo ou mais tarde cometerão esses atos de violência", finalizou.
A invasão ao local terminou com, ao menos, cinco mortos e diversas partes do Congresso foram vandalizadas.
Ao longo dos quatro anos de presidência de Donald Trump, a relação entre Vaticano e Estados Unidos foi bastante diplomática. No entanto, não foram poucas as oportunidades em que o líder da Igreja Católica condenou atos do governo de Washington, especialmente, no caso das ações contra migrantes e do negacionismo no início da pandemia da covid-19.
Recentemente, durante as negociações da Igreja Católica com o governo chinês para renovar um acordo eclesiástico, um dos mais altos membros da Cúria Católica, o secretário das Relações com os Estados, espécie de ministro das Relações Exteriores, Paul Richard Gallagher, afirmou que o governo de Trump estava tentando "instrumentalizar" a imagem de Francisco para buscar "benefícios eleitorais".
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