Papa e Kerry debatem crise climática e sustentabilidade
O papa Francisco recebeu na manhã deste sábado (15) o enviado especial para o Clima dos Estados Unidos, John Kerry, no Vaticano, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé.
Este é o primeiro encontro do Pontífice com um representante do alto escalão do governo do presidente democrata, Joe Biden.
Segundo o "Vatican News", Jorge Bergoglio e Kerry debateram "a proteção do meio ambiente, a crise ambiental e climática e os próximos passos a serem dados para uma abordagem sustentável".
"O Papa é uma das grandes vozes da razão e uma autoridade moral convincente na questão da crise climática. Ele foi um precursor, antecipando os tempos. A sua Encíclica Laudato Sì é de fato um documento muito poderoso, eloquente e muito persuasivo do ponto de vista moral", afirmou o americano à publicação.
Durante a entrevista, Kerry ressaltou que Francisco será uma voz importante que "nos acompanhará até à Conferência de Glasgow". A COP26 será realizada na Escócia, em novembro, e, de acordo com o enviado de Biden, o argentino pode participar.
"Francisco fala com uma autoridade única, uma autoridade moral irresistível. Esperançosamente, isso ajudará a impulsionar as pessoas com mais ambição para chegar lá. Nós podemos fazer isso. Isso é o mais importante. As pessoas precisam saber que isso é viável. E, ao fazer isso, podemos criar milhões de empregos. Podemos ter um ar mais limpo. Podemos ter uma saúde melhor. Podemos ter menos casos de câncer. Podemos ter menos problemas relacionados à poluição do ar", enfatizou.
O enviado americano ainda chamou todos para esta batalha. "Todos os líderes do mundo devem se unir e cada país deve fazer sua parte. E acho que o Santo Padre fala com uma autoridade moral única".
Kerry ainda explicou que todos os líderes mundiais devem se unir e cada país deve fazer a sua parte, cada um de acordo com suas possibilidade, neste compromisso de proteger o meio ambiente.
O enviado do democrata já realizou uma série de encontros na Itália, incluindo com o presidente Sergio Mattarella, o primeiro-ministro, Mario Draghi, além dos ministros da Transição Ecológica, Roberto Cingolani, e das Relações Exteriores, Luigi Di Maio.
China
Mais cedo, em entrevista ao jornal italiano "Corriere della Sera", o representante do governo Biden disse que a cooperação entre os Estados Unidos e a China para conter a crise climática e proteger o meio ambiente é crucial e independente das divisões de ambos em direitos humanos.
"Não há nada mais importante do que a cooperação entre os Estados Unidos e a China no clima", disse.
Respondendo à questão de se a questão dos direitos humanos poderia inviabilizar o diálogo climático, ele disse esperar que não.
"Estamos empenhados em tentar manter um caminho separado sobre o Clima, que não envolva trocas com outras questões".
"Clima é clima, uma questão em si, não vamos ceder aos direitos humanos de ninguém ou outros aspectos", afirmou ele, acrescentando que "uma das áreas em que" ambos países podem cooperar "é o clima".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.