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Tailândia legaliza plantio da maconha, mas consumo segue proibido

Objetivo do país é que cultivo impulsione agricultura e turismo - Getty Images
Objetivo do país é que cultivo impulsione agricultura e turismo Imagem: Getty Images

09/06/2022 11h27

A Tailândia se tornou na última quinta-feira (8) o primeiro país asiático a permitir que seus cidadãos cultivem plantas de maconha em casa, mas o consumo da cannabis ainda continua proibido.

A medida promovida foi uma grande mudança na postura do governo tailandês, já que a nação é muito conhecida por seus rígidos controles de drogas. O objetivo do país, no entanto, é que o comércio local de cannabis possa impulsionar a agricultura e o turismo.

"É uma oportunidade para as pessoas e o Estado de ganharem renda com a maconha e o cânhamo", disse Anutin Charnvirakul, ministro da Saúde da Tailândia, em uma publicação no Facebook no mês passado.

Com a novidade, os estabelecimentos estão liberados para comercializar produtos de maconha ou cânhamo, ou até mesmo usar partes da planta para tratar doenças.

Os restaurantes tailandeses também podem servir comidas e bebidas com infusão de cannabis, desde que elas tenham menos de 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC), o principal composto psicoativo da planta.

"Sempre enfatizamos o uso de extrações e matérias-primas de cannabis para fins medicinais e para saúde. Em nenhum momento pensamos em defender as pessoas a usarem a maconha em termos de recreação ou de alguma maneira que pudesse irritar os outros", afirmou o ministro em uma entrevista à emissora "CNN".

De acordo com as leis tailandesas, as pessoas que são flagradas fumando maconha em público no país asiático podem pegar até três meses de prisão e serem multadas em US$ 800 (quase R$ 4 mil).

Charnvirakul, que é um ex-magnata, disse esperar que a indústria tailandesa de cannabis possa render bilhões de dólares. Além disso, o governo local distribuiu pelo menos um milhão de plantas de cannabis de maneira gratuita para famílias em toda a nação.

A medida das autoridades tailandesas também causará impacto no sistema prisional, já que cerca de quatro mil prisioneiros condenados por crimes relacionados à cannabis deverão ser liberados futuramente.