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Grupo pró-Ucrânia sabotou gasodutos, sugerem relatórios dos EUA

Vazamento de gasoduto do Nord Stream 2 gera bolhas no oceano dinamarquês - Arquivo - Divulgação do Comando de Defesa da Dinamarca/AFP
Vazamento de gasoduto do Nord Stream 2 gera bolhas no oceano dinamarquês Imagem: Arquivo - Divulgação do Comando de Defesa da Dinamarca/AFP

Em Nova York (EUA)

07/03/2023 15h48Atualizada em 07/03/2023 16h28

Novos relatórios de inteligência analisados por autoridades norte-americanas sugerem que um grupo pró-Ucrânia sabotou os gasodutos Nord Stream no ano passado, revelou o jornal "New York Times" nesta terça-feira.

A nova revelação é a primeira pista significativa conhecida sobre quem foi responsável pelo ataque aos gasodutos que transportam gás natural da Rússia para a Europa.

De acordo com o jornal norte-americano, no entanto, os funcionários dos EUA afirmaram que não há indícios de que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e sua equipe de governo estejam envolvidos na operação.

A publicação explica também que as fontes admitiram que ainda não se sabe muito sobre os autores do ataque e as suas filiações, mas sugere, no entanto, que eram oponentes do presidente russo, Vladimir Putin.

Os gasodutos Nord Stream foram atingidos por explosões em alto mar em setembro de 2022. O ataque suscitou uma enorme especulação sobre quem realmente seria o culpado - de Moscou a Kiev e de Londres a Washington.

Hoje, a imprensa alemã também divulgou que investigadores do país ainda não encontraram nenhuma evidência sobre quem ordenou e executou a sabotagem dos gasodutos, mas a pista sobre a preparação do ataque explosivo levaria "na direção da Ucrânia".

"Existem três investigações em andamento sobre o acidente em Nord Stream, ainda não chegamos a uma conclusão, é preciso aguardar o fim da investigação", declarou o porta-voz de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, reforçando que "até onde sabemos, como o presidente Biden já disse, foi sabotagem".

Segundo o inquérito citado pela emissora alemã Tagesschau, a sabotagem clandestina teria sido efetuada com a ajuda de um iate fretado por uma empresa sediada na Polônia, aparentemente dois cidadãos ucranianos.

A operação secreta no mar seria realizada por uma equipe de seis pessoas: cinco homens e uma mulher. O grupo teria usado passaportes falsos usados, entre outras coisas, para alugar o barco.