Choque de avião com limpador de neve dirigido por bêbado mata presidente de petroleira
Christophe de Margerie, CEO da petroleira francesa Total, morreu em um acidente de avião na pista de um aeroporto em Moscou nesta segunda-feira após um choque com um veículo limpador de neve.
O jato particular da empresa se incendiou após a colisão. Todas as quatro pessoas a bordo morreram.
Segundo autoridades russas, o condutor do limpador estava alcoolizado.
O acidente com o avião Falcon-50 ocorreu pouco antes de meia-noite no horário local desta segunda-feira.
Christophe de Margerie assumiu o cargo de CEO da petroleira francesa em 2007. Ele tinha 63 anos e passou toda a sua carreira trabalhando na empresa – desde que se formou na Ecole Superieure de Commerce em Paris, em 1974 -, onde recebeu o apelido de "Bigodão".
Atualmente, a francesa Total é a oitava maior empresa de petróleo do mundo, à frente da brasileira Petrobras, em termos de faturamento.
Reuniões
Segundo o jornal russo "Vedomosti", Margerie tinha se reunido com o primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev perto de Moscou para discutir investimentos na Rússia.
A petroleira francesa é uma das maiores investidoras estrangeiras na Rússia e planeja dobrar sua produção no país até 2020.
Margerie era um forte defensor dos laços entre a empresa francesa e o governo russo, apesar das sanções ocidentais contra o governo do país devido a sua atuação na crise da Ucrânia.
A Total participa de um empreendimento conjunto de US$ 27 bilhões para extrair gás natural no noroeste da Sibéria.
Reações
A morte de Christophe de Margerie gerou reações na Rússia e fora dela. O presidente russo Vladimir Putin enviou uma mensagem de condolências.
"O presidente apreciava muito as habilidades empresariais de Margerie, seu compromisso com o desenvolvimento não apenas das relações bilaterais entre russos e franceses mas também nos níveis multifacetados", disse um porta-voz do Kremlin.
"A França está perdendo um líder empresarial extraordinário que transformou a Total em uma gigante mundial. A França está perdendo um grande capitão de indústria e um patriota", disse o primeiro-ministro francês, Manuel Valls.
John Hofsmeister, ex-presidente Shell Oil, disse à BBC que "é uma enorme perda para a indústria".
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