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Mau tempo dificulta buscas por avião que desapareceu após decolar da Indonésia

Airbus 320-200 da AirAsia, modelo igual ao que desapareceu com 162 pessoas a bordo - Roslan Rahman/AFP
Airbus 320-200 da AirAsia, modelo igual ao que desapareceu com 162 pessoas a bordo Imagem: Roslan Rahman/AFP

28/12/2014 07h44

Um avião da AirAsia que viajava da Indonésia para Cingapura levando 162 pessoas perdeu o contato com o controle de tráfego aéreo.

Segundo a Marinha da Indonésia, ao menos dois aviões militares estão fazendo buscas na região do mar de Java, onde a aeronave desapareceu.

Contudo, o mau tempo tem dificultado as operações de busca, realizadas em uma área de quase 200 quilômetros quadrados. A visibilidade no local, segundo a Marinha, varia entre dois e 5 quilômetros.

O vôo QZ8501 parou de fazer contato com a torre de controle às 7h24 deste domingo (21h24 de sábado em Brasília), segundo informou a AirAsia por meio do Twitter.

A AirAsia é baseada na Malásia, o mesmo país da Malaysia Airlines, que protagonizou dois desastres aéreos neste ano – com os vôos MH370 e MH17. Até então, a AirAsia não havia perdido nenhum avião.

O vôo MH370 desapareceu quando percorria o trecho entre Kuala Lumpur e Pequim em março. As 239 pessoas abordo e a aeronave nunca foram encontradas. O MH17 foi abatido por um míssil sobre a Ucrânia em julho, matando as 298 pessoas que estavam a bordo.

O vôo da Air Asia deveria ter chegado em Cingapura às 8h30 (22h30 de Brasília).

O jato perdido pediu para fazer um desvio de curso devido a condições climáticas ruins, segundo a companhia.

A empresa disse ainda que o avião transportava 155 passageiros, sendo 138 adultos, 16 crianças e um bebê. Também estavam a bordo dois pilotos e cinco tripulantes.

Passageiros

A maioria dos passageiros são cidadãos da Indonésia. Segundo a AirAsia, também havia três pessoas da Coreia do Sul, uma da França, uma da Malasia e uma de Cingapura.

Autoridades do Ministério dos Transportes afirmaram à imprensa local que o avião perdeu o contato sobre o mar de Java, entre as ilhas de Kalimantan e Java.

Segundo um assessor do ministro Hadi Mustofa, o piloto pediu permissão para usar uma rota pouco usual pouco antes de perder o contato. Também disse que o tempo no local estava nublado.

O executivo chefe da empresa, Tony Fernandes escreveu no Twitter: "Obrigado por todos os sentimentos e orações. Precisamos ficar fortes".