Brasil vai cada vez mais 'tratar com o devido carinho, respeito e consideração' a China, diz Bolsonaro
Após encontro bilateral com o presidente chinês, Xi Jinping, o presidente Jair Bolsonaro disse que tratará a China cada vez mais "com o devido carinho, respeito e consideração".
Bolsonaro, que deu uma guinada na política externa brasileira no sentido de um forte alinhamento com o governo americano de Donald Trump e que chegou a dizer que a China estava "comprando o Brasil" durante a campanha de 2018, passou a adotar uma linguagem mais amigável com o maior parceiro comercial do Brasil.
Há poucas semanas, ele esteve na China em visita oficial. Depois disso, as empresas chinesas CNOOC e CNODC se associaram minoritariamente à Petrobras na aquisição de dois campos de petróleo no pré-sal, reduzindo o fracasso do "megaleilão" promovido pelo governo.
"A China cada vez mais faz parte do futuro do Brasil. O nosso governo vai cada vez mais tratar com o devido carinho, respeito e consideração esse gesto do governo chinês", discursou Bolsonaro.
"Fortalecer a amizade"
"A China é nosso primeiro parceiro comercial, e juntamente com toda a minha equipe e o empresariado brasileiro, queremos mais que ampliar, e sim diversificar nossas relações comerciais", acrescentou Bolsonaro.
O encontro entre os dois países foi o primeiro ato oficial da Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), que ocorre em Brasília nestas quarta e quinta-feira.
A fala de Xi Jinping no pronunciamento após o encontro também foi marcada pela cordialidade com o Brasil.
O presidente chinês manifestou sua "esperança em fortalecer a amizade e cooperação entre China e Brasil, aprofundar a confiança política e mútua, aumentar e melhorar o comércio e investimento".
Ele também disse que vai "continuar discutindo a cooperação em agricultura, mineração, petróleo e gás, ciência, tecnologia e infraestrutura".
Sem citar temas delicados, Xi disse que "a China atribui grande importância à influência do Brasil na América Latina e no Caribe".
Xi Jinping e Bolsonaro assinaram nove acordos, em áreas como comércio, agricultura e segurança. Um deles permitirá a transferência de pessoas condenadas entre as duas nações.
"Se forem cumpridos certos requisitos, o acordo permitirá que brasileiros condenados na China cumpram a pena determinada pelo Judiciário chinês no Brasil, enquanto os chineses condenados no Brasil poderão cumprir a pena determinada pelo Judiciário brasileiro na China", explica o comunicado do governo brasileiro.
Foram assinados também dois protocolos sanitários estabelecendo requisitos para permitir a exportação de melões e peras do Brasil para China.
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