Atirador vestindo suástica mata 13 pessoas em escola na Rússia, incluindo 7 crianças
Ao menos 13 pessoas morreram, incluindo sete crianças, após um atirador invadir uma escola na região central da Rússia nesta segunda-feira, anunciaram os investigadores ao divulgar um balanço atualizado do ataque. Outras 14 crianças e sete adultos ficaram feridos.
O ataque aconteceu na escola chamada "n°88", de Izhevsk, que tem cerca de mil alunos e 80 professores. Segundo o governador da região, Alexander Brechalov, "uma pessoa não identificada" entrou no centro de ensino pela manhã, matou um segurança e abriu fogo contra as crianças. O suspeito usava uma blusa com uma suástica vermelha estampada e um capuz.
A escola atende cerca de mil alunos e tem 80 professores.
Segundo o Ministério do Interior e o Comitê Investigativo, o atirador tirou a própria vida. "O corpo do homem que abriu fogo foi encontrado pela polícia. De acordo com relatos, ele cometeu suicídio", disse o ministério no Telegram.
A escola, que abrange do primeiro ao 11º ano de ensino, foi evacuada, e a área ao redor foi cercada, segundo uma autoridade policial.
Em mensagem divulgada pelo Kremlin, o presidente russo Vladimir Putin considerou o episódio "um ato terrorista desumano".
Izhevsk, uma cidade de 630 mil habitantes, fica a oeste dos montes Urais, na porção central da Rússia, cerca de 960 quilômetros a leste de Moscou.
Tiroteios crescem no país
Izhevsk é uma cidade de quase 650.000 habitantes, capital da república de Udmurtia, que fica na região central do país, ao oeste dos Montes Urais, que dividem a parte europeia da parte asiática da Rússia. Até pouco tempo, os tiroteios eram tidos como algo raro no país, em particular nas escolas. Nos últimos anos, entretanto, se tornaram mais frequentes.
Em setembro de 2021, um estudante de 18 anos entrou no campus da Universidade de Perm, em Urais, no leste da Rússia e matou seis pessoas.
Poucos meses antes, em maio, um jovem de 19 anos abriu fogo em sua antiga escola em Kazan, na república russa do Tartaristão, matando nove pessoas.
Em outubro de 2018, um estudante do ensino médio matou 19 pessoas antes de se matar em uma escola em Kerch, uma cidade na península ucraniana da Crimeia, que a Rússia anexou em 2014.
As autoridades russas afirmam terem desmantelado nos últimos anos dezenas de planos de ataques a escolas, casos muitas vezes envolvendo adolescentes.
O presidente Vladimir Putin expressou preocupação e atribuiu as causas a eventos importados dos Estados Unidos e ao efeito perverso da globalização. Putin ordenou uma revisão das regras relativas ao porte de armas. O autor do ataque em Kazan, que foi preso, detinha uma licença de porte de arma semiautomática.
*Com informações de AFP e RFI
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