Ao menos 22 morrem na Síria enquanto oposição convoca novos protestos


Cairo, 18 mar (EFE).- Pelo menos 22 pessoas morreram neste domingo na Síria, entre elas sete militares rebeldes e dois menores, em um novo dia de violência marcado também pelos pedidos da oposição aos sírios para que se manifestem em lembrança do primeiro aniversário do início dos protestos.

A plataforma opositora Comitês de Coordenação Local (CCL) explicou em comunicado que nove pessoas morreram em atos de violência na província de Idlib (norte), quatro na periferia de Damasco, duas em Deraa (sul), duas em Homs (centro), duas em Qalmun (centro), e uma em Deir er Zor (leste).

Além disso, uma mulher e um policial morreram em um atentado com carro-bomba realizado esta manhã na cidade de Aleppo, a segunda maior do país, que também causou 30 feridos.

Entre os mortos de Idlib estão uma criança e dois jovens que morreram na cidade de Mereyan, segundo a oposição, quando forças do regime sírio queimaram 30 casas e vários veículos.

Dos povoados situados nos arredores de Damasco, o mais afetado pela violência este domingo foi Quetana, onde o Exército sírio irrompeu e foram escutadas várias explosões

O grupo opositor denunciou que esta cidade foi alvo de uma campanha de detenções e que as tropas destruíram algumas casas.

Em Homs, um dos principais redutos opositores, uma das vítimas é uma menina de sete anos, que aparentemente foi abatida pelos disparos das forças de segurança.

O CCL ressaltou, além disso, que recebeu informações de que várias pessoas morreram e ficaram feridas em um bairro de Deir er Zor por causa do bombardeio das tropas do regime, mas não detalhou o número de vítimas.

Nesta província oriental também foram registradas fortes explosões e enfrentamentos entre as tropas governamentais e os rebeldes do Exército Livre Sírio (ELS).

Já em Deraa, onde há um ano aconteceu forte revolta contra o regime de Bashar al Assad, várias cidades estão sitiadas e são palco de um grande desdobramento policial para evitar manifestações.

Em 18 de março de 2011, o primeiro morto dos protestos sírios foi registrado em Deraa, e desde então aconteceu um aumento da violência, instigada pela repressão do regime e pelas ações da oposição armada, e que tirou a vida de mais de 8 mil pessoas, segundo a Organização das Nações Unidas.

Ao longo deste domingo, diferentes organizações opositoras pediram a seus seguidores que saíssem às ruas e relembrassem o que classificam como o primeiro aniversário da insurreição.

 

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