Putin se reunirá na Normandia com Merkel, Hollande e Cameron; com Obama, não

Em Cairo

  • Marco Longari/AFP

    Manifestante grita palavras de ordem contra o antigo regime de Hosni Mubarak na Praça Tahrir, no Cairo

    Manifestante grita palavras de ordem contra o antigo regime de Hosni Mubarak na Praça Tahrir, no Cairo

Moscou, 3 jun (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reunirá em 6 de junho na Normandia com os líderes de Alemanha, Reino Unido e França, mas não com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, segundo informou o Kremlin.

"Não está previsto", disse nesta terça-feira o assessor da presidência russa, Yuri Ushakov, perguntado sobre se Putin e Obama terão uma reunião bilateral na sexta-feira durante os atos convocados para comemorar o aniversário do desembarque aliado na Normandia.

O Kremlin já confirmou, por outro lado, que o presidente russo terá encontros bilaterais com a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.

Segundo um comunicado do Kremlin, Putin e Merkel falaram hoje por telefone "frente ao encontro bilateral de 6 de junho na Normandia" e ambos "trocaram opiniões sobre a situação na Ucrânia".

Putin e Merkel "apoiaram desenvolver medidas coordenada para conseguir diminuir a tensão da crise", acrescentou o texto.

Todos os líderes irão à Normandia em meio à grave crise ucraniana, que provocou a implantação de sanções ocidentais contra Moscou.

Obama advertiu hoje a Putin que está disposto a aplicar mais sanções contra a Rússia se Moscou continuar fomentando a "desestabilização" da Ucrânia nas regiões separatistas do sudeste.

O presidente americano confiou que Hollande e Cameron transfiram a mensagem aliada a Putin, em entrevista coletiva que deu após sua reunião em Varsóvia com o presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski.

Entre os passos que Moscou pode dar, Obama opinou que a Rússia deve vigiar sua fronteira com a Ucrânia para evitar a passagem de mercenários e de armas para os "separatistas", reconhecer as recentes eleições ucranianas e se reunir com o novo presidente eleito, Petro Poroshenko.

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