Exército sírio confirma morte de líderes insurgentes em Aleppo
O Exército sírio matou "um número considerável" de líderes insurgentes em novas ofensivas contra a cidade de Aleppo, declarou nesta quarta-feira à agência Efe uma fonte militar de alto escalão, que ressaltou que cerca 3 mil rebeldes ainda lutam nesta cidade setentrional.
"Um grande número de terroristas morreram e outros ficaram feridos, incluindo Ahmad Haj Qasem bin Abdul Rahman, chefe de um grupo terrorista do norte", assinalou a fonte, que pediu para manter seu anonimato.
Segundo a fonte, o Exército "continua perseguindo o restante dos grupos terroristas que aterrorizam os habitantes da região de Al Sabbagh, no bairro de Salah ad-Din".
As Forças Armadas sírias - que foram exaltadas hoje em um discurso do presidente Bashar al Assad pelo 67º aniversário de sua fundação -, alegam que o Exército Livre Sírio (ELS) deverá sofrer com a falta de munição em breve, principalmente de projéteis, devido ao bloqueio imposto sobre a fronteira com a Turquia.
Testemunhas explicaram à Agência Efe que as forças governamentais armaram uma emboscada contra um grupo de insurgentes, formado por 400 ou 500 pessoas, na cidade de Handarat, ao norte de Aleppo, enquanto os combates também alcançaram os bairros cristãos de Bab Tuma e Bab Sharqi, ambos no centro de Damasco, tidos como fortificações do regime.
O Exército Livre Sírio, por sua vez, reivindicou hoje o sequestro do Sheik Mahmoud Hasun, irmão do mufti geral da Síria, Ahmad Hasun, um próximo colaborador do presidente Bashar al Assad.
Fontes locais explicaram à imprensa que os insurgentes invadiram a mesquita de Osama bin Zaid, no bairro de Aqyul, em Aleppo, e sequestraram o ímã. No último ano, o filho do mufti, Sareia Hasun, morreu assassinado em frente à universidade de Ibla.
Em seu discurso dirigido às Forças Armadas, Assad disse que o destino do povo sírio depende da atual batalha contra o inimigo.
"O inimigo se serve de seus agentes no interior da Síria como ponte para golpear a estabilidade da nação, desestabilizar o cidadão e seguir prejudicando nossa capacidade econômica", assegurou o presidente em seu discurso, divulgada pela revista das Forças Armadas.