EUA advertem Síria sobre "consequências" do uso de armas químicas
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, se mostrou "muito preocupado" pela possibilidade de o presidente da Síria, Bashar al Assad, ordenar o uso de armas químicas e advertiu que, se o fizer, "haverá consequências".
Panetta afirmou nesta quinta-feira que à medida que a oposição avança, o regime de Assad "poderia estar considerando" o uso de armas químicas, segundo os relatórios dos serviços de inteligência do Pentágono.
"Sem entrar em detalhes sobre a informação de inteligência específica que temos sobre as armas químicas, não há dúvida que estamos muito preocupados", declarou Panetta em entrevista coletiva.
O secretário de Defesa advertiu que Assad usar armas químicas contra seus cidadãos equivaleria a "atravessar a linha vermelha" e, repetindo as palavras do presidente Barack Obama, lhe pediu que não cometa o "erro" de utilizá-las, porque "terá consequências".
Panetta se recusou a entrar em detalhes: "Não vou especular sobre quais seriam essas consequências potenciais".
O canal "NBC" revelou na quarta-feira que o Exército sírio está preparado para usar armas químicas e está esperando as ordens finais do presidente para utilizá-las.
Segundo funcionários americanos que falaram sob a condição de anonimato, os militares sírios já teriam carregado os precursores químicos para o sarin, um gás nervoso mortal, em bombas aéreas que poderiam ser lançadas contra a população civil.
No entanto, as mesmas fontes ressaltaram que as bombas não foram carregadas nos aviões militares, já que Assad não emitiu a ordem final para utilizá-las.