Em comunicado, José Mujica volta a defender legalização da maconha no Uruguai
Montevidéu, 27 dez (EFE).- O presidente uruguaio, José Mujica, voltou a defender nesta quinta-feira a legalização da compra e venda de maconha no país, como ação para combater o narcotráfico, em busca de aumentar o apoio popular ao projeto.
"Nas últimas décadas, o pior flagelo para a América Latina foi o crescimento constante do narcotráfico, pelo seu caráter de alto risco e lucro atrativo", explicou Mujica, em texto publicado no site da presidência do país.
O chefe de estado freou em meados deste mês sua iniciativa de legalizar a compra e venda de maconha. Mujica pediu para que seus correligionários "eduquem as pessoas", para tentar que a iniciativa alcance apoio popular, o que atualmente não acontece.
"Estamos dando às pessoas ao tráfico de drogas", afirmou o líder, ao defender sua iniciativa, que procura fazer o governo uruguaio único gerente para produção, venda e controle da maconha no país.
Mujica assinala que no Uruguai "existem mercados de viciados", complementando um de cada três presos no país está detido por delitos relacionados com as drogas. Segundo números oficiais, no Uruguai, há 9,5 mil reclusos, em uma população de 3,3 milhões de habitantes.
No comunicado sobre a legalização da maconha, José Mujica ainda lembrou a corrupção policial, ameaça aos agentes que tentam combater esse tipo de crime e as mortes provocados pelo narcotráfico. "Usam as prisões como quartéis de organização e comando a distância", ressaltou.
"É por isso, que nos propomos a tirar o mercado da maconha da ação clandestina e tratar a dependência severa como uma doença perigosa", afirmou Mujica.
A princípio, os deputados governistas tinham a intenção de aprovar o projeto antes do fim deste ano e enviá-lo ao Senado para que se transformasse em lei no primeiro semestre de 2013.
A coalizão governista de esquerda Frente Ampla tem maioria tanto na Câmara dos Deputados, onde atualmente se analisa o projeto de lei, como no Senado, para onde será enviado posteriormente. A legalização da maconha, contudo, gera polêmica nas duas casas e divide todos os partidos com representação parlamentar.
Pouco antes que Mujica revelasse seu pedido aos legisladores governistas para "frear" o trâmite parlamentar, uma enquete, realizada pela Cifra, revelou que o 64% dos uruguaios é contra o projeto, incluindo 53% dos eleitores da Frente Ampla.
O projeto de lei autoriza ao Estado a assumir "o controle e a regulação de atividades de importação, exportação, plantação, cultivo, colheita, produção, aquisição, armazenamento, comercialização e distribuição" da maconha.
"Nas últimas décadas, o pior flagelo para a América Latina foi o crescimento constante do narcotráfico, pelo seu caráter de alto risco e lucro atrativo", explicou Mujica, em texto publicado no site da presidência do país.
O chefe de estado freou em meados deste mês sua iniciativa de legalizar a compra e venda de maconha. Mujica pediu para que seus correligionários "eduquem as pessoas", para tentar que a iniciativa alcance apoio popular, o que atualmente não acontece.
"Estamos dando às pessoas ao tráfico de drogas", afirmou o líder, ao defender sua iniciativa, que procura fazer o governo uruguaio único gerente para produção, venda e controle da maconha no país.
Mujica assinala que no Uruguai "existem mercados de viciados", complementando um de cada três presos no país está detido por delitos relacionados com as drogas. Segundo números oficiais, no Uruguai, há 9,5 mil reclusos, em uma população de 3,3 milhões de habitantes.
No comunicado sobre a legalização da maconha, José Mujica ainda lembrou a corrupção policial, ameaça aos agentes que tentam combater esse tipo de crime e as mortes provocados pelo narcotráfico. "Usam as prisões como quartéis de organização e comando a distância", ressaltou.
"É por isso, que nos propomos a tirar o mercado da maconha da ação clandestina e tratar a dependência severa como uma doença perigosa", afirmou Mujica.
A princípio, os deputados governistas tinham a intenção de aprovar o projeto antes do fim deste ano e enviá-lo ao Senado para que se transformasse em lei no primeiro semestre de 2013.
A coalizão governista de esquerda Frente Ampla tem maioria tanto na Câmara dos Deputados, onde atualmente se analisa o projeto de lei, como no Senado, para onde será enviado posteriormente. A legalização da maconha, contudo, gera polêmica nas duas casas e divide todos os partidos com representação parlamentar.
Pouco antes que Mujica revelasse seu pedido aos legisladores governistas para "frear" o trâmite parlamentar, uma enquete, realizada pela Cifra, revelou que o 64% dos uruguaios é contra o projeto, incluindo 53% dos eleitores da Frente Ampla.
O projeto de lei autoriza ao Estado a assumir "o controle e a regulação de atividades de importação, exportação, plantação, cultivo, colheita, produção, aquisição, armazenamento, comercialização e distribuição" da maconha.