As autoridades israelenses desmantelaram na noite de ontem (16) o acampamento palestino de Bab el Shams, de onde no domingo passado expulsaram aos acampados e que tinha sido levantado há uma semana no lugar onde Israel pretende construir a polêmica colônia judaica E1.

Segundo o porta-voz da polícia israelense, Miki Rosenfeld, declarou à Agência de Notícias Efe, "foram retiradas todas as tendas do local, em uma operação rápida, que durou uma hora e meia e na qual não houve incidentes relevantes".

O desmantelamento do acampamento, levantado pelos Comitês de Coordenação de Resistência Popular (PSCC), acontece um dia depois que mais de 50 ativistas palestinos tentaram se instalar de novo nele.

"Na terça-feira, cerca de 60 ativistas tentaram chegar à região. Vinte deles foram detidos por provocar distúrbios e entrar em uma zona militar fechada, e outros 40 foram tirados dali pela polícia que os transferiu a diferentes postos de controle militares e outras zonas", assinalou o porta-voz policial.

As autoridades israelenses temem que o modelo de Bab el Shams inicie uma onda de acampamentos de ativistas palestinos nos territórios palestinos controlados por Israel, como a Área C da Cisjordânia ou em zonas de Jerusalém Oriental.

Com o estabelecimento do acampamento, os PSCC têm o objetivo de mostrar sua rejeição à colonização israelense e reivindicar o direito dos palestinos a se estabelecerem em suas terras.

A ação foi aplaudida por ativistas pró-palestinos e apoiada pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e dirigentes políticos palestinos de diversas facções.