Dilma diz que seca no Nordeste é a pior dos últimos 50 anos
A presidente Dilma Rousseff se comprometeu nesta segunda-feira (8) a acelerar as obras que seu governo vem realizando no Nordeste e no norte de Minas Gerais para combater o que considerou como a pior seca registrada nos últimos 50 anos.
"A situação continua muito grave no Nordeste (...) Além das obras de infraestrutura para levar água à região, são necessárias ações de emergência eficazes, já que esta seca é a maior dos últimos 50 anos e já atingiu mais de 1.415 municípios", afirmou a presidente em seu programa semanal de rádio.
Dilma assegurou que desde que assumiu o governo, em janeiro de 2011, foram investidos cerca de R$ 32 bilhões em obras de infraestrutura para garantir o fornecimento permanente de água na região. Entre as obras, a governante citou represas, canais e sistemas de abastecimento de água.
"O governo federal não vai permitir que o povo do Semiárido e de todo o Nordeste fique desamparado. Enquanto houver seca, nós vamos agir. Vamos acelerar as obras estruturantes, vamos acelerar as ações emergenciais para ajudar a população a enfrentar todas as dificuldades", assegurou Dilma, que ressaltou que o governo também executará medidas de emergência com R$ 17 bilhões.
De acordo com a presidente, os recursos para "enfrentar de forma imediata os efeitos da seca" serão destinados a proteção dos agricultores, a ampliação do acesso à água, a alimentação dos rebanhos, aos municípios e a ampliação do crédito.
Em seu programa de rádio, a presidente assegurou que seu governo ajudará cada um dos 1.415 municípios afetados pela seca. A previsão é que cada um receba uma retroescavadeira, uma motoniveladora, dois caminhões (um caminhão-caçamba e um caminhão-pipa) e uma pá-carregadeira.
Além dos equipamentos, o governo também fornecerá 340 mil toneladas de milho entre os meses de abril e maio para serem vendidas aos produtores com um preço subsidiado.
"O Nordeste foi a região do país que mais cresceu nos últimos anos e faremos tudo o que for possível para evitar a perda dessas conquistas alcançadas nos últimos dez anos. Nosso desafio é garantir segurança hídrica e a segurança produtiva da população", concluiu a presidente.