Sucessão de Hugo Chávez

Maduro denuncia "segunda emboscada violenta" e ordena detenções

Em Caracas

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, denunciou nesta quinta-feira uma suposta "segunda emboscada violenta" no país e anunciou que ordenou ao ministro do Interior, Miguel Rodríguez Torres, que prenda as pessoas ligadas a um suposto plano de desestabilização.

"Os senhores sabem que estão preparando uma segunda emboscada violenta contra o povo e contra a pátria", disse Maduro durante um ato de Governo em Caracas.

"Dei ordens ao ministro do Interior, Rodríguez Torres, para que detenha imediatamente as pessoas com quem foram encontradas provas em vídeo pedindo dinheiro a um americano, a um gringo para causar violência em cidades do país", acrescentou.

O ministro do Interior informou nesta quinta-feira sobre a detenção de um cidadão americano identificado como Timothy Hallett Tracy, acusado de ser um agente de inteligência vinculado com o "adestramento" de estudantes venezuelanos para realizar ações de violência no país.

Torres disse que foi feita uma incursão no sábado em Caracas, como parte de uma investigação que começou em outubro do ano passado, que encontrou 500 vídeos com material que supostamente demonstra uma operação de desestabilização.

O ministro --que mostrou parte do material no qual se vê jovens brincando sobre cobranças de dinheiro-- mencionou diretamente a "Operación Soberanía", um grupo de estudantes que organizou vários protestos nos últimos meses relacionadas à saúde do falecido presidente Hugo Chávez e ao processo eleitoral.

Maduro pediu ao ministro "que capture todos os que apareçam nos vídeos e estejam envolvidos na violência fascista".

"Nós estamos (aqui) para trabalhar (...), mas temos que estar atentos a isso, eu somente digo ao povo: alerta, alerta, alerta ao povo, para vigiar a paz, para preservar a paz", disse o presidente.

Maduro também afirmou que os detidos devem passar pela Promotoria, porque com as provas existentes ninguém pode continuar criando confusão no país.

Nas últimas semanas o governo insistiu na existência de vários planos de assassinato, desestabilização e sabotagem contra o governo da Venezuela.

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