O boliviano Rolando Cutili Flores, 24, acusado de estuprar um bebê de apenas sete meses de idade, morreu enforcado na sexta-feira (20) à noite em sua cela, informou neste sábado (21) o Ministério de Governo.

Segundo a polícia, o homem se suicidou. Cutili foi encontrado pendurado por um cabo de eletricidade em uma das janelas de sua cela, compartilhada com outro detento na prisão de Chonchocoro, em La Paz (capital boliviana).

Um agente penitenciário viu Cutili enforcado e seu companheiro de cela dormindo. Ao ser acordado, o preso disse que não viu o que tinha ocorrido.

Os pais do bebê denunciaram que Cutili, que era amigo da família, estuprou a menina na residência do casal na segunda-feira à noite, quando os dois saíram para comprar comida e bebidas.

Segundo as autoridades, a primeira hipótese da polícia é de suicídio, mas uma necrópsia ainda deverá ser realizada.

O crime provocou indignação na Bolívia, onde diversas organizações classificaram o ocorrido de "monstruoso" e pediram às autoridades uma reforma legal que permita a castração química para estupradores.

Instituições sociais e moradores da cidade de El Alto, onde aconteceu o crime, organizaram mobilizações para pedir o fim da violência sexual e recolher assinaturas de apoio a uma mudança na lei.

A legislação boliviana pune com até 25 anos de prisão o estupro e com 30 anos a morte de mulheres relacionada com violência de gênero.